Paul Stanley cita o melhor show que assistiu na vida

Experiência marcou tanto o frontman do Kiss que ele lembrou a data mais de meio século depois

Durante toda a trajetória do Kiss, Paul Stanley sempre se orgulhou dos shows que assistiu e ajudaram a moldar seu caráter. A lista era extensa e tinha bastante ênfase em bandas britânicas. Não à toa, dos gigantes do hard rock americano, os mascarados foram o grupo com mais influências sonoras do outro lado do oceano.

A revista Classic Rock perguntou ao Starchild qual seria o concerto inesquecível de sua vida entre os que assistiu. Ele não pestanejou ao escolher o quarteto que revolucionou o rock pesado, de quem se tornaria amigo com o passar do tempo – especialmente do guitarrista.

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Led Zeppelin na cidade de Nova York, 29 de agosto de 1969 [nota: o show de 29 de agosto foi na verdade no Queens, no Singer Bowl Music Festival]. Foi um momento transcendente. Havia muita magia, sincronicidade e telepatia entre aqueles músicos. Uma banda de quatro caras ser capaz de criar algo que fosse uma fusão de todos eles e ser capaz de mudar rapidamente foi algo que nunca esquecerei.”

Em entrevista de 2007, à rádio americana 89.3 KPCC – resgatada pelo Far Out Magazine – Stanley já havia citado o grupo como a definição da essência do rock.

“Vi o Led Zeppelin tocar para menos de duas mil pessoas no Pavilhão do Estado de Nova York, onde acontecia a Feira Mundial de Nova York. Foi o mais próximo de uma experiência religiosa. Posso contar momentos como esse usando os dedos de uma mão só. Este incrível casamento espiritual de sexualidade e música.”

E não é necessário muito para o frontman definir o que a banda inglesa significa em sua vida.

“Eles eram a personificação no auge de tudo. A essência do rock and roll. Pode chamar de heavy metal ou qualquer coisa que você queira. Mas a base disso era Robert Johnson, passando por Elvis tocado em um amplificador Marshall. Foi incrível. Houve alguns momentos que me lembro como pontos de virada, momentos decisivos. Assistir aos Beatles no Ed Sullivan foi uma delas, ver o Led Zeppelin naquele show foi esclarecedor para mim. Pensei ‘eu nunca serei tão bom, mas é por isso que eu quero me esforçar’.”

Paul Stanley, Led Zeppelin e Jimmy Page

Com o passar dos anos, Paul Stanley se aproximou e virou amigo de Jimmy Page, guitarrista e principal mente por trás do Led Zeppelin. Recentemente, o músico britânico compareceu ao último show do Kiss na Inglaterra. A apresentação foi realizada na O2 Arena, em Londres.

Durante sessão de perguntas e respostas na 11ª edição do Kiss Kruise, o guitarrista Tracii Guns (L.A. Guns) quis saber quem seria o grande modelo musical de Stanley. Ele respondeu, conforme transcrição do Blabbermouth:

“O cara que eu mais respeito e teve mais impacto em mim é Jimmy Page. Ele é o meu Beethoven. Ele está muito além dos outros. Jimmy Page é um diretor de fotografia, um arranjador brilhante. Ele pinta com o som. Está em um nível totalmente próprio. Há muitos grandes guitarristas por aí, mas ele vai muito além.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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