História dos Beatles será contada em quatro filmes, um sobre cada integrante

Cada longa-metragem terá direção do vencedor do Oscar Sam Mendes e será focado no ponto de vista individual de John, Paul, George e Ringo

A história dos Beatles seria talvez impossível de contar em um filme, mas que tal quatro? O diretor Sam Mendes, vencedor do Oscar por “Beleza Americana” (1999) anunciou nesta terça-feira (20) seus planos de adaptar a trajetória da maior banda de todos os tempos de maneira curiosa. 

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Cada integrante terá um longa-metragem dedicado ao seu ponto de vista. Em certo ponto, as narrativas se encontram para dar um retrato mais robusto da trajetória de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.

Em declaração oficial (via Variety), Mendes afirmou:

“Estou honrado de poder contar a história da maior banda de rock de todos os tempos, e empolgado de desafiar a noção do que constitui uma visita ao cinema.”

Os quatro filmes

Os filmes serão distribuído pela Sony Pictures Entertainment e só devem ser lançados em 2027. Pippa Harris, uma das produtoras do projeto, discutiu a ambição por trás da empreitada e o apoio da Apple Corps em declaração oficial:

“Queremos fazer uma experiência cinematográfica única: quatro filmes, contados através de quatro perspectivas diferentes que contam uma história única sobre a banda mais celebrada de todos os tempos. Ter a benção dos Beatles e da Apple Corps para fazer isso é um privilégio imenso.”

“The Beatles: Get Back”

Nos últimos anos, os Beatles têm sido foco de projetos cinematográficos ambiciosos. Em 2020, o diretor Peter Jackson lançou “The Beatles: Get Back”, uma reimaginação do documentário “Let It Be” com seis horas de duração e imagens nunca antes vistas das gravações do álbum derradeiro da banda.

O longa-metragem foi importante até mesmo para a turnê mais recente de Paul McCartney, a “Got Back Tour”. O grande atrativo da excursão tem sido o dueto com John Lennon em “I’ve Got a Feeling”, clássico dos Beatles. Para fazer o parceiro voltar aos palcos mesmo após mais de quato décadas de seu assassinato, Macca contou com o resgate das filmagens do show da banda no terraço do prédio da Apple – cortesia do documentário “The Beatles: Get Back” –, além de tecnologias de inteligência artificial.

Peter Jackson explicou à revista Variety (via Music Radar) como se deu o processo de colocar Lennon em sincronia com a banda. Para tal, foi preciso literalmente ensinar os computadores sobre o que iriam processar.

“Desenvolvemos um sistema de aprendizado para a máquina. Ensinamos como soa uma guitarra, como soa um baixo, como soa uma voz. Na verdade, ensinamos ao computador como é o som de John e como é o som de Paul. Então, podemos pegar essas faixas mono e dividir todos os instrumentos – podemos apenas ouvir os vocais, as guitarras. Você vê Ringo tocando bateria ao fundo, mas não ouve a bateria. Isso nos permite remixar de maneira realmente limpa.”

“Now and Then”

E por falar em inteligência artificial, o recurso possibilitou o lançamento de “Now and Then”, descrita como a música final dos Beatles. A faixa foi disponibilizada em novembro último.

Composta e cantada por John Lennon, a canção supostamente de 1978 foi retrabalhada para o lançamento por Paul McCartney e Ringo Starr com uso de tecnologia de IA para “limpar” a antiga gravação. Gravações de George Harrison, falecido em 2001, também foarm utilizadas — o trio tentou desenvolvê-la na década de 1990, sem sucesso.

Jeff Lynne e Giles Martin, filho do saudoso produtor George Martin, aparecem creditados na produção. Além do próprio Fab Four, outros músicos também colaboraram com os instrumentos de corda da canção, como violoncelo e violino.

Anos atrás, em 1995, havia rumores de que a música seria disponibilizada como um single do projeto “The Beatles Anthology” (1995) – que lançou ao público “Free as a Bird” e “Real Love”. Mais tarde, em 2007, o jornal Daily Express revelou que Paul tinha planos de soltar uma versão finalizada da canção, com uma performance de arquivo do guitarrista George Harrison, além de Ringo Starr na bateria e eventuais acréscimos na letra.

A ideia foi deixada de lado no período, mas em 2021, desta vez para a The New Yorker, o eterno baixista do Fab Four confirmou o desejo de concluir a música. Ao tomar conhecimento das novas possibilidades, o músico se sentiu ainda mais encorajado a seguir em frente no trabalho.

Como esclarecido por Paul McCartney anteriormente no X/Twitter, a inteligência artificial foi usada em “Now and Then” apenas para ajustar questões técnicas. A voz de John Lennon não foi emulada; é real.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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