Até o momento, “Suor e Sacrifício” (2017) é o álbum de estúdio mais recente do CPM 22. No entanto, isso deve mudar em breve, já que a banda concluiu as gravações de seu próximo disco — o primeiro com Ali Zaher (baixo) e Daniel Siqueira (bateria), integrantes desde 2020.
Por meio de um vídeo nas redes sociais, o vocalista Fernando Badauí compartilhou a novidade. No registro, o cantor diz que “finalmente” acabaram o processo e que os membros do grupo estão “exaustos, mas com a sensação de missão cumprida”.
Já na legenda da publicação, explicou que, a partir de agora, os músicos resolverão as questões mais burocráticas do projeto, como possíveis datas, escolhas de singles e distribuição. Ele escreveu:
“Hoje [17 de fevereiro] foi o último dia de gravação do nosso novo álbum. Semana que vem começam as mixagens e masterização, capa do disco, definição de singles, reunião com o diretor do primeiro clipe, reunião com a distribuidora Ditto Music para definir datas e por aí vai!! Tá chegando a hora! Vamo!”
Inicialmente, a ideia era disponibilizar o disco no segundo semestre do ano passado – o que não aconteceu. Então, pelo X/Twitter, o vocalista revelou em agosto que a banda tinha fechado o repertório do trabalho e que não aproveitariam nenhum single liberado anteriormente. No programa Sem Ensaio, em setembro, conforme transcrição do site, deu detalhes acerca do projeto:
“O disco está bem legal, as letras estão bem legais também, tem bastante coisa indo para um lado social, reflexões sociais. Musicalmente, tem umas quatro ou cinco músicas bem rápidas. Tem outras duas mais fortes de sentimento, não é nada romântico, mas tem um vocabulário mais abstrato. Tem uma música que eu fiz na pandemia, sobre a pandemia.”
CPM 22 e “Suor e Sacrifício”
“Suor e Sacrifício”, sétimo disco de estúdio da banda, saiu em abril de 2017. Em entrevista concedida ao site IgorMiranda.com.br à época, o guitarrista Luciano Garcia revelou que a ideia do álbum era resgatar as origens punk rock/hardcore da banda, visto que o antecessor, “Depois de um Longo Inverno”, havia apresentado fortes influências do ska.
“‘Depois de um Longo Inverno’ tinha bastante coisa de ska, algo que nunca havíamos feito. A única coisa que Badauí (vocalista) e eu combinamos para o disco novo é que seria um disco punk rock, mais CPM. Mas isso foi só conversado, pois as músicas foram surgindo e seguiam naturalmente para isso. E reflete o que estávamos ouvindo no momento. A gente estava ouvindo, como de costume, muito Ramones, Misfits, Bad Reeligion, Rancid, entre outros.”
Antes do show no Rock in Rio 2015 – quando tocaram com bandas como System Of A Down e Queens Of The Stone Age –, cerca de 90% das músicas do projeto já estavam compostas, apenas com ensaio e gravação pendentes. Há canções que falam sobre saudade, vida na estrada e questões ligadas à sociedade brasileira, como pontuou o músico.
“A gente sempre escreveu sobre o que estava vivendo, independente do assunto. E não tinha como deixar de fora essas questões meio sociais, vivemos isso no país. Juntamos isso com questões pessoais de cada um e refletiu o nosso modo de vida e o que pensamos sobre as coisas.”
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