O guitarrista Pete Willis gravou os dois primeiros álbuns do Def Leppard, “On Through the Night” (1980) e “High ‘n’ Dry” (1981). Após alguns desentendimentos, foi convidado a se retirar em meio ao processo de composição do disco seguinte, “Pyromania” (1983). Ainda assim, ganhou créditos de compositor em 4 faixas, incluindo o megahit “Photograph”.
Em seu lugar entrou Phil Collen. Músico muito mais técnico, acabou formando uma dupla memorável com o saudoso Steve Clark. Um completava o outro, cada qual com suas características peculiares.
Em entrevista à edição brasileira da Rolling Stone, o vocalista Joe Elliott refletiu sobre o impacto da troca ao comparar as mudanças no processo de criação.
“O primeiro disco era uma coleção de riffs muito difícil de cantar em cima deles. Pete Willis não deixou muito espaço para cantar, sabe? (…) Quando começamos a trabalhar com Mutt Lange nos produzindo, ele nos apresentou o conceito de que tudo girava em torno das melodias e arranjos das músicas, e nós crescemos com isso.”
A substituição que subiu o nível
Para Elliott, a substituição não poderia ter sido mais certeira. Não apenas pelos números alcançados, mas pelo efeito na obra.
“A direção finalmente deu certo quando Phil se juntou à banda, porque ele era muito mais orientado à música do que Pete. Para Pete, tudo girava em torno dos riffs, como Ritchie Blackmore. Já para Phil, o importante estava em escrever uma canção. Phil escreve músicas como Sting, músicas para sua voz.”
Pete Willis atualmente
Pete Willis passou as últimas décadas longe dos holofotes. Em 2019, foi induzido ao Rock and Roll Hall of Fame junto com o Def Leppard, mas não pôde comparecer à cerimônia. Os colegas fizeram questão de citar suas contribuições durante o discurso de indução.
Atualmente ele vive em Sheffield, cidade natal da banda, onde dirige sua própria empresa de administração de propriedades.
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