O single de estreia do Dire Straits, “Sultans of Swing”, é um dos grandes hinos do rock em todos os tempos – além de presença constante em playlists de rádios até hoje. Porém, como lembra o baixista John Illsley, foi preciso buscar o sucesso na América do Norte antes de ganhar o reconhecimento em casa.
Escrita em 1977 pelo vocalista/guitarrista Mark Knopfler, depois de o músico testemunhar uma banda de jazz tocando para um público totalmente desinteressado no sul de Londres, a canção foi lançada no Reino Unido em 19 de maio de 1978 e nos EUA em janeiro de 1979.
Apesar da distância temporal considerável para os padrões da indústria, foi só quando a canção começou a ser tocada nas rádios dos Estados Unidos que ela passou a ser promovida novamente em território britânico. De fato, só chegou ao Top 40 local em 17 de março de 1979, 10 meses após seu lançamento original.
Illsley declarou à Vulture, em resgate da Classic Rock:
“Ela não chegou ao rádio inicialmente por um motivo simples: a BBC, que era responsável por praticamente tudo envolvendo música no Reino Unido, disse: ‘Não queremos tocar essa música porque há muitas palavras nela. Além disso, é bastante longa. Por que seis minutos?’ Isso não parecia importar na América e ela foi adotada por lá.”
Apesar das diferentes datas de lançamento, “Sultans of Swing” atingiu o pico nas paradas nacionais de singles no Reino Unido e nos EUA exatamente na mesma semana, tendo como base o dia 7 de abril de 1979: naquela semana entrou no Top 10 do Reino Unido na 8ª posição e permaneceu lá na semana seguinte, enquanto nos EUA alcançou a posição 4 na parada Billboard Hot 100.
“Havia um certo entusiasmo entre nós, imaginando que as coisas estavam começando a acontecer. O problema é que, quando você pega uma onda, quase não tem tempo para pensar a respeito. ‘Sultans of Swing’ estava em alta em todos os lugares. Não tivemos tempo para refletir sobre o seu significado, de certa forma, porque o segundo álbum já estava em andamento.”
O impacto de “Sultans of Swing”
Ano passado, falando com a Classic Rock, Illsley refletiu sobre a canção e chegou à conclusão mais básica e certeira.
“Ela teve um impacto enorme. Foi um daqueles catalisadores que levam você adiante na vida. As pessoas dizem que tivemos sorte, mas eu pergunto: ‘Bem, o que significa sorte?’ O fato é que era uma música muito boa, a banda era muito boa e trabalhamos muito duro.”
Lançado em 7 de outubro de 1978, o álbum homônimo do Dire Straits chegou ao número 1 na Alemanha, França e Austrália; 2 nos Estados Unidos e 5 no Reino Unido. Com o estouro posterior do grupo, vendeu mais de 6 milhões de cópias em todo o mundo.
Dire Straits Legacy no Brasil
Recentemente, o projeto Dire Straits Legacy confirmou mais uma turnê pelo Brasil, onde a banda original nunca se apresentou. As cidades Uberlândia (19/04, Castelli Master) e Brasília (01/05, Centro de Convenções Ulysses Guimarães) estão confirmadas, enquanto outros destinos serão anunciados em breve.
A formação conta com uma série de músicos que fizeram parte da banda, além de convidados. O mais conhecido é o tecladista Alan Clark, único além de Mark Knopfler a ter participado de todos os discos.
Ao lado dele estão Phil Palmer (direção musical / guitarra / voz), que trabalhou com o Dire Straits de 1990 a 1992; o renomado saxofonista Mel Collins, membro de 1983 a 1985, que tocou no “Alchemy Live” e no EP “Twisting By The Pool”; e o percussionista Danny Cummings, que integrou o DS em 1990 e participou do álbum e turnê “On Every Street”.
Os italianos Marco Caviglia (voz e guitarra), Primiano Dibiase (teclados), Alex Polifrone (bateria) e o baixista britânico Steve Walters completam o time.
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