Guitarrista do Foreigner, Mick Jones revela diagnóstico de Parkinson

Problema de saúde fez único membro fundador da banda a seguir na formação permanecer afastado das atividades nos últimos anos

Mick Jones revelou ter sido diagnosticado com a doença de Parkinson. O guitarrista é o único integrante original do Foreigner a permancer na formação até os dias de hoje, apesar de sua ausência em shows mais recentes.

A informação foi confirmada em nota enviada por Jones à imprensa e divulgada nas redes sociais. O músico de 79 anos disse estar bem no momento, embora tenha sido diagnosticado “vários anos atrás”, mas confirmou que se tornou “um pouco difícil” apresentar-se ao vivo no ritmo de antes.

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Inicialmente, ele declarou:

“Os fãs devem estar cientes de que já há algum tempo não tenho me apresentado no palco com a banda. Vários anos atrás, fui diagnosticado com a doença de Parkinson. Quero que todos saibam que estou bem. No entanto, sempre gostei de estar no meu melhor quando me apresentei no palco e, infelizmente, no momento, acho isso um pouco difícil.”

Isso não quer dizer, contudo, que Mick esteja afastado de todas as atividades do Foreigner. O guitarrista inglês afirmou:

“Ainda estou muito envolvido com o Foreigner e continuo presente. O Parkinson é uma luta diária; o importante é perseverar e me lembrar da maravilhosa carreira que tive na música. Agradeço a todos os fãs que apoiaram o Foreigner ao longo dos anos e continuam a assistir aos nossos shows – quero que saibam que agradeço o seu apoio; sempre significou muito para mim, mas especialmente neste momento da minha vida.”

Turnê de despedida do Foreigner

Após mais de 45 anos de atividades, o Foreigner anunciou em 2023 uma turnê de despedida. A previsão é que o giro se prolongue até este ano.

Mick Jones tem estado ausente dos compromissos desde 2022, antes da tour final. Quando muito, realiza aparições esporádicas. Sabia-se que o guitarrista enfrentava problemas de saúde, mas a situação ainda não havia sido especificada — com exceção dos problemas cardíacos que o levaram à mesa de cirurgia.

Além de Jones, a formação atual do grupo ainda conta com os guitarristas Bruce Watson e Luis Maldonado, o vocalista Kelly Hansen (Hurricane), o baixista Jeff Pilson (Dokken), o tecladista Michael Bluestein e o baterista Chris Frazer (ex-Whitesnake e Steve Vai). A abertura tem ficado por conta da banda canadense Loverboy.

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Durante entrevista de 2023 ao Kiki Classic Rock (transcrita pelo Blabbermouth), Jeff Pilson — que é citado como um dos líderes da atual formação junto de Kelly Hansen — já havia revelado que Mick continuaria foar dos compromissos na estrada, mesmo durante a tour de despedida. Ele disse:

“No momento ele está bem. Fará alguns shows aqui e ali. É impossível prever a regularidade, mas ele aparecerá. Está feliz, saudável e animado com o fato de que a banda está meio que escrevendo seu último capítulo, pelo menos ao vivo. Acho que, para ser honesto, a ficha ainda não caiu totalmente para ele.”

Integrante da formação clássica do Dokken, Jeff deixa claro que Jones nunca se opôs à possibilidade de o Foreigner continuar sem sua presença. Porém, não é a ideia dos outros envolvidos.

“Estamos em uma posição em que não precisamos nos preocupar com dinheiro. Então, vamos sair de cena em alta e garantir que o legado seja preservado com todo o respeito e integridade que ele merece.”

Sobre Mick Jones

Nascido em Portsmouth, Inglaterra, Mick Jones iniciou carreira profissional aos 17 anos, tocando com a banda Nero and the Gladiators, que emplacou dois hits na parada britânica no início dos anos 1960.

Após o fim do grupo, embarcou para a França, onde se tornou compositor e músico de estúdio, trabalhando com nomes como Johnny Hallyday, Françoise Hardy e Sylvie Vartan. Fez amizade com os Beatles quando eles se apresentaram no país, em 1964.

Voltou para o Reino Unido nos anos 1970, passando a integrar uma versão reformada do Spooky Tooth, além de gravar com George Harrison, Peter Frampton e Leslie West.

Em 1976, formou o Foreigner com Ian McDonald e Lou Gramm. É o único membro original até hoje na banda, que vendeu mais de 80 milhões de discos em todo o mundo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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