O The Doors sofreu um grande abalo com a morte de Jim Morrison em 1970. A ponto de uma parte do público sequer ter conhecimento do fato de que a banda seguiu carreira e lançou mais dois discos com o trio remanescente e músicos convidados – a saber: “Other Voices” (1971) e “Full Circle” (1972).
Com o lugar na história garantido, além da segurança financeira, os músicos decidiram se arriscar por diferentes caminhos. O guitarrista Robby Krieger partiu para o caminho da exploração artística, se afastando de vez do rock e do que pudesse ser considerado mainstream.
Em entrevista à Classic Rock, repercutida pela Guitar.com, o próprio apontou esse como fator principal para nunca mais ter repetido o sucesso de outrora.
“Meu objetivo sempre foi ter um hit instrumental, como ‘Green Onions’ do Booker T. & the M.G.’s. Até agora não tive muito sucesso fazendo isso. Mas acho que com a nova banda que montei posso estar mais perto. Na maioria das minhas tentativas anteriores, acho que me interessei demais em tocar guitarras de jazz e me exibir.”
Ele se refere ao The Soul Savages, que já havia sido anunciado ano passado. Robby não esconde a esperança, mesmo com a situação cada vez menos convidativa do mercado.
“Acho que esse disco é mais sobre músicas, e talvez tenhamos mais chances de fazer um sucesso.”
The Soul Savages
No último dia 19 de janeiro, Robby lançou o primeiro álbum do seu novo grupo. “A Day in L.A.” marca a estreia do The Soul Savages. O material conta com 10 faixas, todas instrumentais. As influências englobam uma série de diferentes estilos, como esperado pelos fãs do instrumentista.
O projeto ainda conta com o tecladista Ed Roth (ex-Impellitteri), o baixista Kevin “Brandino” Brandon (James Brown, Michael Jackson) e o baterista Franklin Vanderbilt (Stevie Wonder, Lenny Kravitz, Chaka Khan).
Sobre Robby Krieger
Nascido em Los Angeles, Robert Alan Krieger se aventurou na música pela primeira vez aos 10 anos, através do trumpete. Posteriormente, passou a tocar blues no piano dos pais, chegando à guitarra na pré-adolescência. Paralelamente ao rock, estudou flamenco, folk e jazz, criando um estilo que o diferenciou dos colegas de geração.
Juntou-se ao The Doors em 1965, substituindo o irmão de Ray Manzarek. Participou de todas as atividades da banda, chegando a dividir vocais com o tecladista nos discos lançados após a morte de Jim Morrison.
Após o fim do grupo, seguiu com o baterista John Densmore no The Butts, além de lançar uma série de álbuns solo voltados ao jazz fusion. Ainda participou de trabalhos do Blue Öyster Cult, Particle e Fuel, entre outros.
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