O recente anúncio da volta do Slayer gerou uma onda de reações mistas entre o público. Por um lado, fãs comemoraram a oportunidade de ver a banda ativa novamente. Do outro, muitas críticas pela decisão, mencionando o fato de o grupo ter aderido ao mesmo protocolo de outros colegas, que se despedem só para retornar posteriormente.
Sandra, esposa do baixista e vocalista Tom Araya, publicou um texto nas redes sociais defendendo a decisão. Ela foi ainda mais fundo ao tomar para si parte do protagonismo, contando que vinha tentando convencê-lo a desistir da aposentadoria há mais de um ano.
Diz o manifesto repercutido pelo Blabbermouth:
“Vamos esclarecer para os trolls: Tom parou de tocar. Eu o perturbei por mais de um ano até que ele FINALMENTE concordou em voltar. Compartilhamos essa notícia com os incríveis empresários do Slayer e eles fizeram o resto! Então, sim, sem Tom, isso não teria acontecido. Sem eu incomodá-lo, isso não teria acontecido. Mas vá em frente com seu drama! Quanto a mim, estarei aproveitando alguns shows e sou grata por ele me amar e aos fãs o suficiente para fazer isso.”
A postagem de Lisa, esposa de Gary Holt
Anteriormente Lisa, esposa do guitarrista Gary Holt, também foi a público defender a banda. Pelo Facebook (via Blabbermouth), ela criticou quem espalha comentários de que o marido e seus colegas voltaram por dinheiro ou que estavam mentindo quando decidiram realizar a turnê de despedida “The Final Campaign”, entre 2018 e 2019.
Também aproveitou para cutucar quem opina sobre a dinâmica interna da banda sem, de fato, saber o que acontece nos bastidores. Por fim, pediu para os fãs aproveitarem o momento e curtirem os shows anunciados.
Diz a publicação:
“Sim, é verdade, o Slayer voltará. Será uma jornada emocionante para a banda e para os fãs! Para todas as pessoas que dizem que ‘eles são mentirosos’, ‘devem ter ficado sem dinheiro’, ‘não é o Slayer se for com essa formação’, eu tenho um conselho para todos vocês: não vá aos shows. E para todas as pessoas que foram às datas finais da turnê e gostaram, isso é incrível. Essa não é uma turnê, são só algumas datas e ótimas notícias. E para todos os que pensam que sabem todas as informações dos bastidores, na verdade, vocês podem não saber. Então aproveitem o fato de que essa banda incrível vai tocar alguns shows incríveis neste ano. Vá aos shows ou não, ninguém liga.”
A volta do Slayer
No dia 22 de setembro, o Slayer sobe ao palco do Riot Fest, evento que acontece em Chicago. Já no dia 27, será a vez do Louder Than Life, em Lousville. Ingressos estão à venda no site oficial do grupo.
Logo após a divulgação das datas, os dois cabeças da banda se manifestaram em um breve comunicado enviado à imprensa. O baixista e vocalista Tom Araya e o guitarrista Kerry King concederam declarações breves, sem entrar em maiores detalhes sobre o que acontecerá nos vindouros shows.
Araya se manifestou primeiro, conforme repercussão do Loudwire:
“Nada se compara aos 90 minutos em que estamos no palco tocando ao vivo, compartilhando essa energia intensa com nossos fãs. E para ser honesto, sentimos falta disso.”
A seguir, King arrematou:
“Senti falta de tocar ao vivo? Com certeza. O Slayer significa muito para nossos fãs e eles significam muito para nós. Já faz quase cinco anos desde que os vimos.”
Kerry King e Tom Araya
Como fica claro, as falas foram bastante frias e minuciosamente calculadas. Em tempos recentes, Kerry explicitou não possuir uma boa relação com o colega. Ele disse à Rolling Stone:
“Tom e eu nunca estivemos na mesma página. Por exemplo, se eu quisesse um shake de chocolate, ele queria um de baunilha. ‘Kerry, de que cor é o céu?’ Azul. ‘Tom, de que cor é o céu?’ Branco. Somos apenas pessoas diferentes. Quanto mais avançamos em idade, mais isso se tornou real. Ele gosta um pouco de tequila e eu sou uma grande fã de tequila, então tomava minha dose com ele e nos distanciávamos. Não vamos sair juntos nem nada porque somos pessoas muito diferentes. O que nos unia é que fizemos boa música e um ótimo show ao vivo.”
Sendo assim, não surpreende que os dois sequer tenham se falado nos últimos anos.
“Nem mesmo uma mensagem de texto. Nem mesmo um e-mail. Falei com todo mundo da banda por telefone, mensagem de texto ou e-mail. Se Tom me ligasse, eu provavelmente responderia. Dependeria do motivo do contato. Mas não desejo que ele morra neste momento.”
Além dos músicos mencionados, a formação mais recente, que continuará para os vindouros compromissos, inclui o baterista Paul Bostaph.
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