Filho de Bradley Nowell (Sublime) teve problemas com drogas aos 12 anos

Cantor assumiu o lugar do pai na banda que o levou a um sucesso que não pôde ser desfrutado

Quando o Sublime deu o salto definitivo rumo ao estrelato, Bradley Nowell já não estava mais presente. O vocalista sucumbiu a uma overdose de heroína aos 28 anos, levando a banda junto. Apesar de o álbum homônimo ter sido lançado e feito muito sucesso, os colegas entenderam que não seria certo levar o grupo adiante sem sua figura central.

O tempo passou e, recentemente, um retorno foi concretizado. No microfone principal está Jakob, filho de Bradley e atualmente com a idade do pai quando este faleceu. Sem grandes memórias do antigo titular da função, o próprio reconhece também ter passado por momentos difíceis com a dependência química.

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Ele disse à Rolling Stone, ressaltando que teve os primeiros problemas ainda aos 12 anos:

“Estou sóbrio há sete anos, mas cheguei ao fundo do poço. Estive no chão do banheiro vomitando sangue e tendo convulsões. O fato de eu e meu pai termos isso em comum é uma história bastante alucinante. Acho que isso me permite conectar com a música em outro nível.”

Jakob descreve sua criação como “caótica” e “alienada do estilo de vida hedonista que Bradley exemplificava”. Por anos, não conseguia lidar com a emoção que sentia ao ouvir o trabalho do pai, mas logo percebeu que gostava do mesmo tipo de música que influenciou o Sublime, como punk, hip hop dos anos 1990 e reggae.

Ano passado, o jovem artista fez uma turnê com o Jakobs Castle. Foi quando decidiu abraçar o legado da banda: ele fez o que define como “peregrinação sagrada” ao Phoenix Theatre em Petaluma, Califórnia, onde o pai realizou seu último show.

“Enquanto estava lá, me deparei com uma reunião de recuperação repleta de punk rockers. Tive que me levantar e dizer: ‘Ei, este é quem eu sou, e meu pai morreu de overdose de drogas na última noite em que tocou aqui, e aqui estão vocês, 28 anos depois, se reencontrando, todas essas pessoas legais que provavelmente amam o estilo de música que meu pai fazia’. Naquele momento decidi que era isso que eu deveria estar fazendo.”

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A retomada do Sublime

No final do ano passado, Jakob assumiu de vez o papel de frontman do Sublime durante show beneficente em Los Angeles. A ação visava ajudar H.R., vocalista do Bad Brains, em tratamento de problemas crônicos de saúde.

Após a repercussão inicial, o grupo foi confirmado como uma das atrações do Coachella Festival 2024, que acontece em abril. O plano é seguir em frente, embora não haja nada traçado em relação a novos álbuns.

Sobre a banda

O Sublime surgiu na cidade de Long Beach, na Califórnia, no final dos anos 1980. Influenciados por seus arredores, eles criaram uma mistura inovadora de rock, reggae, ska e hip-hop. Seu disco de estreia, “40oz. to Freedom”, foi lançado em 1992 e permanece um dos álbuns independentes mais vendidos da história.

Em 1996, eles estavam prestes a atingir o mainstream: assinaram um contrato com a MCA para lançar seu terceiro disco, homônimo, que acabou contendo os hits “What I Got”, “Santeria” e “Wrong Way”. Contudo, uma tragédia roubou os louros desse sucesso.

Dois meses antes do lançamento de “Sublime”, o vocalista e guitarrista Brad Nowell foi encontrado morto em um quarto de motel, vítima de uma overdose de heroína. O grupo anunciou quase imediatamente que não continuariam sem seu líder, aludindo a como eles seriam como o Nirvana sem Kurt Cobain.

Essa mentalidade mudou em 2009, quando Bud e Eric se juntaram ao vocalista e guitarrista Rome Ramirez. Após batalhas judiciais com a família de Nowell, eles mudaram o nome para Sublime with Rome. Porém, o baterista saiu do projeto após dois anos, declarando não ter se sentindo confortável em tocar as músicas sem Bradley.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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