Com uma carreira marcada por altos e baixos, o Aerosmith entrou na década de 1990 com o pé direito. Ainda colhendo os frutos do sucesso de “Pump” (1989), o grupo alcançou sucesso comercial sem precedentes com o lançamento de “Get a Grip” (1993), álbum impulsionado pela trilogia de videoclipes estrelada por Alicia Silverstone.
Antes de conquistar o status de it girl da década ao protagonizar “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995), Silverstone se tornou um rosto conhecido na MTV ao dar vida à adolescente destemida dos clipes de “Cryin’”, “Crazy” — no qual contracena com Liv Tyler, filha do vocalista Steven Tyler — e “Amazing”. Há quem diga que ela foi a primeira estrela de Hollywood “nascida” na emissora musical.
Em entrevista de 1995 à Rolling Stone, como foi recrutada para o trabalho. Após compor o elenco do thriller “Paixão Sem Limite” (1993), a artista chamou a atenção de Marty Callner, diretor responsável pelos clipes.
“Ele gostou do que viu no filme. E o que ele viu foi uma boa atriz, não apenas uma garota bonita. É sobre o que você tem por dentro.”
A atriz tinha 18 anos à época da entrevista. Era ainda mais nova quando gravou os clipes, disponibilizados entre 1993 e 1994. Na ocasião, refletiu sobre a naturalidade dos clipes em contraste com a hiperssexualização feminina explorada pelas bandas de hard rock na década de 1980.
“Depois de assistir a todos os outros vídeos, é legal ver esses, um vídeo com uma pessoa real. Nunca estou posando, nunca fazendo coisas supersexy. Estou apenas sendo eu mesma.”
Alicia Silverstone e “Cryin’”
A primeira parceria ocorreu em “Cryin’”. O sucesso da participação no vídeo foi apontado como motivo da continuação da colaboração nos singles seguintes. Ela afirmou:
“O Aerosmith ganhou muito dinheiro com aquele clipe. Suas vendas triplicaram ou algo assim. Eles seriam loucos de não me chamar de volta.”
Por fim, Silverstone se mostrou contrária à ideia de que o sucesso dos clipes tenha iniciado sua carreira como atriz.
“Gostaria de corrigir a ideia de que os videoclipes vieram primeiro. Isso é absurdo. Não sou uma estrela de videoclipes que virou atriz. Sou uma atriz séria que passou alguns dias fazendo videoclipes. Já fiz muito mais do que videoclipes.”
Aerosmith e “Get a Grip”
Lançado em 20 de abril de 1993, “Get a Grip” se tornou o álbum mais vendido da carreira do Aerosmith, somando mais de 20 milhões de cópias pelo mundo. Embora tenha recebido avaliações medianas pela crítica especializada, o disco emplacou não só nas vendas, pois venceu dois Grammys com as canções “Livin’ on the Edge” e “Crazy”, na categoria “Melhor Performance de Rock por uma Dupla ou Grupo Vocal”, nas cerimônias de 1993 e 1994.
O videoclipe de “Cryin’”, terceiro single do álbum e primeiro da trilogia estrelada por Alicia Silverstone, foi o mais pedido da MTV em 1993 e recebeu três prêmios no MTV Video Music Awards (VMA) em 1994.
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Não gosto desta fase do Aerosmith exatamente por conta destes três clipes retirados de um disco cuja capa parece ser uma homenagem ao “Atom Heart Mother” do Pink Floyd – do qual eu também não gosto. Para mim, o veterano grupo americano acabou verdadeiramente depois de PUMP, e o que veio dos anos 90 pra frente não me interessa…
Alicia Silverstone era uma das beldades de Hollywood, o videoclipe com a filha do Steven Tyler é icônico. E eu na minha mente de adolescente de 15 anos naquele inicio da década 90s, ao assistir esses videoclipes não fazia ideia de que, Alicia era tão jovem. Achava que ela já tinha uns 20 e poucos anos, incrivelmente bela.
Quanto ao disco “Get a Grip”, de 1993, quem diz que acabou em Pump, por causa de uma arte de capa ou clipes está errado. kkkk Fica claro que o Aerosmith deu um passe adiante em 1993, por isso o então novo album vendeu tanto no mundo, mesmo após o estouro grunge.
Eles já vinham bem na década 80s, e na 90s eles ”atualizaram” seu som sem perder sua alma, a mesmo tempo que continuaram tocando seus hits clássicos ao vivo.