O fenômeno “Dark Side of the Rainbow” é um dos mais espetaculares que envolvem sincronia entre áudio e vídeo feitos de forma avulsa. Tudo teve início quando, por motivos misteriosos, alguém resolveu sincronizar a exibição do filme “O Mágico de Oz” (na sua versão de 1939) com o álbum “The Dark Side of the Moon”, do Pink Floyd.
Uma série de coincidências – ou chame do que quiser – acaba acontecendo quando você aperta o play no momento exato, causando o entrelaçamento entre as obras. Intencional ou não, dá para dizer que o efeito gerado impressiona.
Um breve resumo feito pela MTV em 1997 pode ser conferido clicando aqui.
Mas o quanto a própria banda estaria a par da experiência? Em 2003, o Record Collector perguntou a David Gilmour se ele já havia realizado a “brincadeira”. Conforme transcrição do fansite Pinkfloydz, o guitarrista e vocalista respondeu:
“Claro que não! Essa é uma das coisas mais ridículas que surgiram e simplesmente passam adiante. Quer dizer, obviamente somos nós mesmos os culpados por algumas dessas coisas estúpidas, mas só Deus sabe de onde veio. Tudo bem, eu tentei uma vez, na verdade. Não parecia fazer nenhum sentido. Eu não me incomodaria. É melhor ouvir as palavras do que descobrir mais sobre a pequena Dorothy e seus sapatos vermelhos!”
A opinião de Roger Waters
Em 2022, durante participação no podcast The Joe Rogan Experience, Roger Waters deixou sua opinião sobre “Dark side of the Rainbow”. Ela não diverge da do ex-colega de banda e desafeto declarado, conforme transcrito pelo Ultimate Classic Rock.
“É uma besteira. Digo, pode funcionar, se você fizer como dizem. Mas não foi algo que partiu de nós. Não tem nada a ver com o Pink Floyd, com quem escreveu as músicas ou gravou. Diria que se trata de uma coincidência cósmica.”
Mesmo assim, a história rendeu uma das lendas preferidas de Roger.
“Dizem que um policial na Louisiana seguiu um ônibus que estava ziguezagueando pela estrada. Então ele o parou, colocou a moto no suporte, abriu a porta e quase caiu de tanta fumaça que saía. Entrou tentando encontrar pessoas com drogas, porque estava cheio de fumaça de maconha. Eventualmente, ele chegou à parte de trás do ônibus, onde havia um compartimento privado. Abriu e lá estava Willie Nelson. E a história é que ele estava ouvindo ‘Dark Side’ e assistindo ‘O Mágico de Oz’ na TV. Não acredito nem por um minuto, mas gosto da história!”
Pink Floyd e “The Dark Side of the Moon”
Oitavo álbum do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com mais de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na parada norte-americana, entre 1973 e 1988.
O conceito do disco, criado por Roger Waters, busca basicamente oferecer uma jornada filosófica a respeito da vida, da morte e tudo o que existe entre as duas coisas. Um artigo que explica a ideia por trás das composições pode ser conferido clicando aqui.
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