O leitor mais atento pode reparar que muita coisa mudou no Iron Maiden em quase meio século de história. Os aspectos principais são a sonoridade, cada vez mais progressiva, e a formação liderada pelo baixista Steve Harris. Levando em conta o período anterior ao primeiro álbum, dá quase para escalar três times de futebol completos e fazer um campeonato – algo que, como sabemos, eles também gostam.
Porém, algo não se alterou: o logotipo. O desenho projetado por Harris se tornou tão icônico que virou uma fonte própria, carregando o nome do grupo e aparecendo até na parede do boteco da esquina da sua casa, se bobear.
Direta ou indiretamente, a manutenção do símbolo pode ter a ver com uma banda que o líder do atual sexteto adorava. Em entrevista de 2015 à revista Prog, ele explicou:
“Um grande fator-chave que me influenciou muito foi o logotipo do Genesis nos álbuns ‘Nursery Cryme’ e ‘Foxtrot’. Eu tinha nas costas da minha jaqueta jeans, com uma cabeça de raposa e tudo mais… o logotipo em si era tão forte. Por mais que eu amasse a banda, fiquei chateado quando se livraram completamente e adotaram um novo, que na minha opinião não ficou muito bom. Pensei: ‘bem, não é isso que vou fazer com a minha banda…’ e me certifiquei de que teríamos um ótimo logotipo e que o manteríamos, porque acho que é isso que é necessário.”
Steve Harris e o Genesis com Phil Collins nos vocais
Outra mudança do Genesis que marcou Steve foi a saída de Peter Gabriel, com o baterista Phil Collins assumindo os vocais. Na mesma entrevista, ele lembrou de quando recebeu a notícia.
“Lembro do dia que soube. Comprei o Melody Maker (semanário musical britânico publicado entre 1926 e 2000) e a notícia estava na capa. Fiquei devastado. Eles eram minha banda favorita de todos os tempos. Nunca mais foi a mesma coisa sem Peter Gabriel.”
Mesmo assim, o primeiro disco da banda com Phil na função ganha elogios do músico.
“‘A Trick of the Tail’ foi um álbum fantástico. Assisti a um show da turnê. Phil Collins fez um grande trabalho. O que eles poderiam ter feito? Alguém sai e você precisa seguir em frente. Mas depois que Steve Hackett (guitarrista) saiu, eles se perderam de vez. Não era mais o Genesis que eu conheci.”
Apesar da reprovação de Harris, não dá para negar que o Genesis se tornou um fenômeno pop de proporções gigantescas na sequência da carreira. Contamos essa história em um artigo que pode ser lido clicando aqui.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.