Quando o Sepultura despontou para a consagração mundial, Max Cavalera parecia imerso em um mundo onde o heavy metal era o único estilo musical que existia. A percepção não é exclusiva, afinal de contas, não são poucos os headbangers que tiveram essa fase radical – alguns nunca saíram dela, inclusive, ao menos em público.
Com o passar dos anos, novas propostas passaram a ser assimiladas, vide as experimentações feitas com o Soulfly. O brasileiro mantém a mente aberta até hoje — não apenas a novidades, como também para resgatar alguns clássicos que passaram pouco percebidos no passado.
Ao falar sobre a influência do Pink Floyd e David Gilmour em sua arte, o músico declarou à revista Guitar World:
“Esta é mais uma descoberta tardia para mim, mas quando me apaixonei pelo Pink Floyd, realmente aprendi muito. Os discos deles são realmente incríveis – especialmente os últimos, depois que eles se separaram de Roger Waters.”
As preferências Floydianas de Max Cavalera
Sim, o leitor entendeu bem. Max prefere a banda da metade dos anos 1980 para a frente, quando Gilmour assumiu o controle das ações. O disco preferido é justamente o derradeiro de inéditas da fase.
“Meu favorito é ‘The Division Bell’, que é extremamente subestimado. Muita gente não fala sobre ele, mas os solos desse álbum são incríveis, muito melódicos. David Gilmour sempre toca a nota correta com o delay certo. É tudo uma questão de ambiente e não de ostentação. Ele sabe quando tocar e quando não tocar.”
O trabalho que deu início ao período comandado pelo guitarrista também é elogiado.
“‘A Momentary Lapse of Reason’ também é brilhante. David Gilmour é um excelente guitarrista. Não há necessidade de ser tão chamativo quando você tem tanto bom gosto.”
Pink Floyd e “The Division Bell”
Lançado em 28 de março de 1994, “The Division Bell” foi o último lançamento de inéditas enquanto o Pink Floyd ainda existia. Em 2014 sairia “The Endless River”, com boa parte do material registrado durante as mesmas sessões.
O trabalho chegou ao número 1 em 13 paradas nacionais, incluindo as dos Estados Unidos e Reino Unido. Vendeu mais de 12 milhões de cópias em todo o mundo. Ganhou disco de platina no Brasil.
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Concordo com Max. Eu sou super fã de Gilmour. O lado claro da lua; Roger é o lado escuro. Mais crítico. Mais agressivo. Mais gênio. Mais chato rs. Enquanto Gilmour faz “Shine… “, Rogers fez “Goodbye Cruel World”. A minha musica favorita do PF é “On The Turning Away”, do álbum “A Momentary…” (1987). A letra fala para a gente não dar às costas para o fraco…”. Se fosse uma música Cristã seria um hino gospel com uma letra voltada para o lado social. Gilmour é uma das melhores pessoas que transitou no meio da música. Gosto bastante do trabalho dele. Memorizo mais as letras; os solos, eu deixo para Max
Alexandre Fernandes
Cantor e Compositor
51 anos
João Pessoa
Essa também é minha opinião sobre a discografia do Floyd. Para corrobora-la, o Dark Side of the Moon foi “relançado” pelo Rogerinho Águas, e lá ficou explícito que ele atrapalha mais do que colabora.
Parabéns! Até que enfim um que tem coragem de falar daquele hipócrita, que perseguiu Wright e teve coragem de aparecer no enterro dele. Todo mundo que vai aos shows do Pink Floyd e mesmo na carreira de Waters, vão é por causa dos solos. Aceitem que doi menos!
Tem gosto pra tudo. Thecdividion Bell, para mim, e o pior disco do PF. Aliás, é um Frankstein, pois nele há uma legião de músicas, letristas e produtores. Como disse Richard Wright: ” Não gosto deste disco, pois tem muito pouco do Pink Floyd”.
Músicos, letristas e produtores convidados e contratados
Max tem toda razão. Tenho um dos álbuns solo do gilmour que também adoro. Division Bells é bom em tudo, desde a capa, fora de série…
Desde seu lançamento, sempre curti The Division Bell. Músicas primorosas com efeitos sonoros que nos fazem entrar no enredo do disco, pra mim foi um disco que marcou muito a época e até hoje traz bastante lembranças boas. Parte das músicas entraram no maravilhoso Pulse.
O Pink Floyd para mim é um todo, cada fase da banda eles conseguiram ser brilhantes, A fase Syd Barrett foi a mais psicodélica da banda tendo seu primeiro álbum como o símbolo do movimento da década de 60. A fase Roger Waters lançaram dois álbuns conceituais gigantes em uma só década (Dark Side e The Wall) que fazem parte da história da música mundial e do Rock. E a fase David Gilmour o Pink Floyd lançou dois álbuns ao vivo incríveis, Delicat Sound of Thander e P.U.L.S.E que se tornaram um dois maiores álbuns ao vivo de todos os tempos.
Pink Floyd tem várias musicas boas, mas em termos de ”disco LP” long play, nenhum outro dessa banda supera o The dark side of the moon. É um disco ousado.
Mas entendo a visão do Max, talvez a questão das letras além dos solos da guitarra do Gilmour, podem fazer as pessoas gostarem mais dos últimos discos do PF.
O que não entendo é a visão ‘true radical’. Também sou fã de metal, mas alguns pensam que um musico como Max ou Andreas se envolverem em outras praias é tipo ‘matar o metal’, o que realmente não tem nada a ver. Visão quadrada. O Ozzy (quem diria?) gravou um dance-music com a Kim Basinger. E continuou sendo o Príncipe das Trevas.