De última hora, Greyson Nekrutman assumiu a bateria do Sepultura em sua turnê de despedida. A saída de Eloy Casagrande pegou todo mundo — até a banda — de surpresa, mas o americano tem se mostrado um substituto competente.
Não quer dizer que esteja sendo fácil. O próprio músico falou sobre as músicas mais difíceis que teve que aprender ao longo do processo.
Em entrevista a Felipe Ernani para o Tenho Mais Discos Que Amigos, Nekrutman falou sobre a “correria” dos últimos tempos. Ele afirmou que precisou aprender o set da turnê “Celebrating Life Through Death” em cerca de uma semana, procurando sempre respeitar o trabalho dos bateristas anteriores do Sepultura — Casagrande, Jean Dolabella e o membro fundador Iggor Cavalera.
Perguntado sobre a dificuldade das músicas, o músico citou algumas das mais fáceis e também das mais difíceis. Começando pelas “tranquilas”, ele destacou:
“Acho que, pra mim, as mais fáceis foram ‘False’, ‘Mind War’ e ‘Territory’. Tipo, as que eram um pouco mais ‘retas’ na minha cabeça e que eu podia lembrar das partes. ‘Choke’ também.”
Em seguida, as desafiadoras — oriundas dos dois álbuns mais recentes do Sepultura — foram mencionadas. O músico declarou:
“As mais complicadas foram ‘Phantom Self’ e ‘Means to an End’. Simplesmente porque têm tantas partes! São tantas mudanças dentro da música e eu fico tipo: ‘Espera aí, essa é aquela parte ou outra?’. E, novamente, tive pouco mais de uma semana pra decorar isso e a ordem me deixou mentalmente frito! (risos)”
Greyson Nekrutman nasceu em 2002, sendo, portanto, mais novo do que boa parte da discografia do Sepultura. Antes de ser chamado para integrar o grupo brasileiro, fez parte do Suicidal Tendencies. Sua formação como baterista vem do jazz, priorizando muito a técnica e o groove, o que provavelmente lhe ajudou a conseguir o emprego atual.
A turnê de despedida do Sepultura
Após 40 anos de atividades, o Sepultura se prepara para seu encerramento. A banda brasileira começou em 1º de março a turnê “Celebrating Life Through Death”, que promete ser a despedida dos palcos. A ideia é rodar o Brasil e a América do Sul nessa primeira parte do giro, que vai até abril.
A partir de setembro, o Sepultura faz mais algumas datas no Brasil antes de seguir para a Europa, onde deve ficar até o fim de novembro. A turnê de despedida deve durar cerca de um ano e meio, com mais datas a serem anunciadas.
Eloy Casagrande no Slipknot?
Enquanto isso, o destino de Eloy Casagrande segue um mistério. Há tempos ele é cotado para a vaga do Slipknot, que demitiu Jay Weinberg — hoje integrante do Suicidal Tendencies — ainda em 2023. Nenhuma confirmação foi dada até o momento, embora um post nas redes sociais dos mascarados tenha dado indícios de que o brasileiro realmente tocará com o grupo.
Caso o rumor se confirme, haverá uma troca de três bateristas entre três bandas. A saber:
- Jay Weinberg, demitido do Slipknot, entrou para o Suicidal Tendencies;
- Eloy Casagrande, que deixou o Sepultura repentinamente, é especulado no Slipknot;
- Greyson Nekrutman saiu do Suicidal Tendencies para se juntar ao Sepultura.
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