Recentemente, João Gordo passou por um processo de cuidados e condicionamento que o fez perder 45 kg. A grande virada, de acordo com o próprio, ocorreu após o falecimento de Jabá, baixista original do Ratos de Porão. Ele morreu em 26 de dezembro de 2023, aos 60 anos.
O momento foi preponderante para que uma atitude mais drástica fosse tomada. Após várias tentativas, o vocalista da banda punk mais relevante da história do cenário nacional entrou na linha e entendeu que precisava lidar com uma série de mudanças.
Em entrevista ao Uol (via Whiplash), ele contou como foi o instante em que se deu conta, ocorrido no velório do antigo colega.
“[Foi] Eu chegar ali na frente dele [no caixão], abraçar o Jão, que é o meu companheiro de banda há 42 anos, e falar assim: ‘Cara, quem vai primeiro agora? Eu ou você?’. Acho que esse foi o ponto X, que no meu cérebro desgraçado deu um ‘puim’, e eu acho que acordei um pouco.”
Desde então, Gordo procurou atendimento em uma clínica especializada. Também faz questão de manter uma agenda de consultas a cada 20 dias com uma endocrinologista com a qual já havia se tratado, além de manter uma rotina diária treinando boxe.
Jabá e Ratos de Porão
Jabá participou da fundação do Ratos em 1981, antes de João Gordo assumir os vocais. À época, o grupo tinha o guitarrista Jão nos vocais e Betinho na bateria. Ele permaneceria até 1993, tendo participado das gravações dos álbuns “Crucificados Pelo Sistema” (1984), “Descanse em Paz” (1986), “Cada Dia Mais Sujo e Agressivo” (1987), “Brasil” (1989), “Anarkophobia” (1991) e “RDP Vivo” (1992).
No período, o quarteto obteve reconhecimento internacional, chegando a registrar algumas das obras no exterior, além de ter realizado uma série de turnês e adquirido status lendário no underground.
Também esteve presente nas atividades do Periferia S.A., projeto que relembrava os primórdios da banda, novamente com Jão cantando. O grupo lançou dois discos, “Perferia S.A.” (2005) e “Fé + Fé = Fezes” (2014).
Seu falecimento se deu por conta do agravamento de problemas hepáticos e renais. Nos últimos meses de vida, vários amigos se mobilizaram para ajudá-lo a custear os tratamentos.
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