O Kiss anunciou a venda dos direitos de seu catálogo (incluindo gravações master e direitos de publicação) e das marcas registradas pela banda, que incluem o logotipo e os desenhos das maquiagens.
Quem realizou a compra foi a empresa sueca de investimento em entretenimento Pophouse, também envolvida com o show de avatares do grupo. De acordo com a Fortune (via Mateus Ribeiro / Whiplash), o valor seria de US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão na cotação atual.
Segundo comunicado (via NME), o intuito do acordo é ajudar a desenvolver e expandir ainda mais o legado do quarteto mundialmente, como também preservar sua imagem e música para as gerações futuras. Sem oferecer detalhes, a Pophouse aponta que irá usar sua “experiência criativa e narrativa” para criar novos públicos, fontes de receita, conteúdo e experiências.
Gene Simmons, vocalista e baixista, destacou:
“Sempre abrimos novos caminhos na cultura popular e essa parceria garantirá que continuemos a fazer isso nos próximos anos. Porque o que a Pophouse está fazendo é quebrar regras. Já temos vários planos em desenvolvimento, o show com avatares, um filme biográfico e uma experiência temática do Kiss. O futuro não poderia ser mais emocionante!”
Por fim, o também vocalista e guitarrista Paul Stanley acrescentou:
“Nossa jornada com a Pophouse é alimentada pelo desejo de aparecer eternamente em diversas áreas da cultura global. Ao embarcarmos nessa parceria, pretendemos ver nosso legado em diferentes mundos, garantindo que a experiência do Kiss continue cativando nossos fãs devotos e aqueles que ainda não descobriram a emoção. Essa parceria não é apenas um capítulo: é uma eterna sinfonia da imortalidade do rock’n’roll.”
A companhia mencionada foi cofundada em 2014 pelo bilionário sueco Conni Jonsson e pelo músico Björn Ulvaeus, do Abba. Notabilizou-se por produzir o show de hologramas Abba Voyage e deter os direitos das músicas de Swedish House Mafia, Avicii e Cyndi Lauper.
Como já mencionado, a Pophouse também estava envolvida na continuação do Kiss nos palcos por meio de avatares. A apresentação de estreia deve ocorrer somente em 2027, segundo anunciado por Gene Simmons e pela própria companhia.
Por mais que os termos da parceria não tenham sido totalmente divulgados, a Billboard pontuou que, geralmente, a Pophouse realiza tais aquisições para adotar uma abordagem focada no entretenimento teatral ou imersivo. De qualquer forma, os membros da banda continuarão com um papel ativo nas decisões.
Kiss e avatares
No dia 2 de dezembro, durante o seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.
Os avatares do Kiss foram criados pela Industrial Light & Magic (ILM), financiados e produzidos pela Pophouse Entertainment. Para a criação de suas versões digitais, os músicos ensaiaram com trajes de captura de movimento. A proposta é retratá-los como super-heróis, mas registrando seus trejeitos ao máximo.
O primeiro show da versão avatar deve demorar um pouco para rolar. De acordo com um vídeo publicado pela banda nas redes sociais, a apresentação inaugural acontecerá em 2027.
Além dos avatares
A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.
A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.
A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.
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