Andrew Watt é um grande fã do Pearl Jam. O produtor, que já colaborou com nomes como Ozzy Osbourne, Rolling Stones e Elton John, teve a oportunidade de trabalhar com o vocalista Eddie Vedder no álbum solo “Earthling” (2022) e, mais recentemente, com a própria banda no disco “Dark Matter” – que sairá nesta sexta-feira (19).
O novo material começou a tomar forma há cerca de dois anos. Enquanto criava a série de músicas junto aos integrantes e, ao mesmo tempo, ídolos, o profissional reparou em vários diferenciais no grupo quanto artistas – elencados durante recente entrevista à Spin.
Conversando a respeito do projeto, Andrew destacou como cada membro do Pearl Jam é, em sua opinião, excepcional em inúmeras funções: desde composição de letras e melodias à técnica. O talento multifacetado acaba sendo impressionante, nas palavras do próprio:
“Sou um grande fã do Pearl Jam. Cada membro dessa banda é um grande compositor, um grande cantor, um grande compositor de melodias, um grande letrista e um grande multi-instrumentista. São vários virtuosos. Todos eles conseguem fazer tudo, incluindo criar álbuns completamente por conta própria.”
No entanto, apesar de admirar tais características, o produtor queria colaborar de maneira ativa e não deixar os músicos “se virarem” sozinhos. Por isso, opinou em todas as etapas e colocou como meta trazer a personalidade exprimida nas performances ao vivo para as gravações em estúdio – já que, para ele, os shows continuam como o maior atrativo da banda.
“Em vez de seguir esse processo [individual], que adotaram nos últimos quatro ou cinco álbuns, eu queria mudá-lo. Colaborei para dar a minha opinião e sugerir o que eu pessoalmente gosto como opção. Minha coisa favorita sobre o Pearl Jam, sendo um verdadeiro fã, é assisti-los ao vivo. Eles são uma das poucas bandas que é ainda melhor ao vivo do que quando estão gravando em estúdio. Eles soam maiores e melhores porque não há nenhuma artimanha mirabolante no estúdio.”
Por fim, acrescentou:
“Então, minha missão era colocar esses cinco caras incríveis juntos em um pequeno espaço onde todos eles conseguissem se ver e fazê-los tocar juntos e capturar essa energia do que acontece no palco. [A ideia era] ‘Vamos fazer takes completos. Vamos fazer solos longos demais. Que Matt Cameron tenha que mudar o tempo de uma maneira louca enquanto todo mundo está dando o seu máximo para que então voltem aos eixos de novo’. Esse é o Pearl Jam pelo qual eu fico louco. Eu me considero tão fã que eu imaginei que, se eu gostasse disso, talvez todo mundo gostasse também.”
Relação com o Pearl Jam
Como mencionado, Andrew Watt considera o Pearl Jam uma de suas bandas favoritas. Conversando com a Billboard anos atrás (via Tenho Mais Discos Que Amigos), o produtor mencionou a importância de ter tocado com os músicos durante a edição de 2021 do Ohana Festival e aproveitou a oportunidade para relembrar o início da paixão de fã.
“Eu nasci em 1990 e meu irmão nasceu em 1985, então tudo que nós ouvíamos enquanto crescíamos era Pearl Jam e Red Hot Chili Peppers. Se eu admitisse aqui a quantos shows do Pearl Jam eu fui, provavelmente não seria uma boa ideia. Mas eu costumava ir a shows do Pearl Jam com uma placa que dizia, ‘me deixe tocar o solo de guitarra de ‘Alive”, e eu então eu estava no palco do Ohana Festival tocando o solo de guitarra de ‘Alive’ com o Pearl Jam. Então é só na verdade um momento de círculo completo, inacreditável e eu sinto que eu estive pronto pra isso minha vida toda.”
Sobre Andrew Watt
Andrew Watt emergiu como uma figura proeminente na indústria musical em 2013, por meio do power trio California Breed – com Glenn Hughes e Jason Bonham. Atuando como produtor, compositor e guitarrista, colaborou com uma série de lendas da música, incluindo Ozzy Osbourne, Miley Cyrus, Post Malone e Eddie Vedder em trabalhos solo. Com um portfólio extenso, também produziu “Hackney Diamond”, álbum mais recente dos Rolling Stones.
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