Décimo trabalho de inéditas da carreira do Rush, “Grace Under Pressure” foi o primeiro a não contar com o produtor Terry Brown desde o disco de estreia. Mais conhecido pela parceria com nomes como Wings, Supertramp e King Crimson, o inglês Peter Henderson assumiu a função.
Para o baixista, vocalista e tecladista Geddy Lee, o rompimento acabou não colaborando com o clima que já era turbulento. A busca por novas influências musicais e o uso de elementos que flertavam com o gigante espectro do que era considerado new wave no período desgastou a relação entre os três protagonistas.
Disse o frontman, em resgate da Classic Rock:
“Foi um período muito difícil. Não tínhamos certeza do tipo de banda que almejávamos ser. Houve muitas experiências. Acabamos produzindo o disco por conta própria, o que foi complicado.”
O guitarrista Alex Lifeson, figura mais descontente publicamente com as mudanças sonoras, ainda ressaltou a demora para finalizar o material como outro fator desagregador. Ele disse:
“Parecia que este álbum demorou anos para terminar. Começamos no início de novembro e terminamos em 12 de março de 1984. Demorou dois meses para estabelecer as pistas básicas; é um mistério para mim o que demorou tanto. Estávamos muito preparados e tivemos o dobro do tempo normal para escrever, ensaiar, organizar e refinar o material.”
Rush e “Grace Under Pressure”
O título do álbum foi retirado de um pensamento do escritor americano Ernest Hemingway, que diz: “Coragem é a graça sob pressão”. Seguindo as experiências com sintetizadores e teclados, o trabalho incorpora elementos de estilos como reggae e ska.
Um dos destaques individuais vai para a música “Red Sector A”. Sua letra é baseada em relatos da mãe de Geddy Lee sobre o período em que foi aprisionada em campos de concentração nazistas.
Apesar das críticas internas e externas, “Grace Under Pressure” chegou ao 4º lugar na parada canadense e 10º nos Estados Unidos, ganhando premiação de platina em ambos.
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