A opinião de Steve Morse sobre Simon McBride no Deep Purple

Guitarrista elogiou substituto e se declarou satisfeito com os rumos de sua carreira musical

Dois anos se passaram desde que Steve Morse anunciou que se afastaria do Deep Purple para cuidar da esposa, Janine, que enfrentava um câncer em estágio 4 – ela faleceu em fevereiro. O que seria algo temporário se tornou definitivo pouco tempo depois, com Simon McBride assumindo a função de forma definitiva.

A banda seguiu em frente, assim como o músico, que vem realizando shows tanto com seu grupo solo quanto com o Dixie Dregs. Em entrevista ao canal do site Sea of Tranquility no YouTube, o instrumentista refletiu sobre como as coisas estão. E não mostrou nenhum arrependimento pela decisão que tomou.

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Disse ele, conforme transcrição do Blabbermouth:

“A situação aconteceu do jeito que aconteceu e, analisando, acho que estou em uma posição musical que me cabe. E eu acho que Simon se adaptou melhor ao Deep Purple do que eu, no que diz respeito a… Eles estão produzindo shows. E eu sempre fui o cara que dizia: ‘Esta é uma turnê muito longa. Chega um ponto em que surge o cansaço da turnê. Poderíamos fazer pernas mais curtas’. E ninguém queria ouvir isso, especialmente a administração.”

O fim do Deep Purple

À época do lançamento do álbum “Infinite” (2017), o Deep Purple chegou a dar início ao que seria um processo que levaria ao encerramento da banda. Porém, como vários outros nomes históricos, o projeto foi simplesmente esquecido e as turnês seguem acontecendo.

Morse entende que essa mudança de planos também influenciou, embora deixe claro que as circunstâncias atravessaram o roteiro.

“Eu não acho que teria simplesmente desistido, mas pensava que iríamos só um pouco mais adiante, talvez mais um projeto de álbum, turnê e pronto. Então eu queria participar do fim da banda. Esse foi o meu mantra. E eu pensei, fazendo parte por tanto tempo, que seria capaz e seria bem-vindo para fazer parte de futuros eventos, fossem eles uma celebração de todos os pequenos grupos dissidentes que estavam associados ao grupo – você sabe, tipo de árvore genealógica. Então, sim, eu não estava dizendo: ‘Não, estou feliz por ter saído daqui’.”

Sendo assim, há uma sensação de conforto em estar com projetos que não demandam tanto do tempo.

“Após alguns anos fora, posso ver que minha inclinação natural, talento, desvantagens e tudo mais se encaixa no instrumental – bem, as coisas que faço com Flying Colors, Dixie Dregs e Steve Morse Band, tudo que me cabe… É uma combinação mais fácil, é o que estou dizendo.”

Sobre Steve Morse

Nascido em Hamilton, Ohio, Estados Unidos, Steve Morse despontou na cena como membro fundador do Dixie Dregs, banda referencial na fusão de rock com jazz. Nos anos 1980, formou a Steve Morse Band e também integrou o Kansas.

Entrou no Deep Purple em 1994, após ter trabalhado como piloto de avião em linhas comerciais. Substituiu Ritchie Blackmore, após uma breve passagem de Joe Satriani como membro temporário.

Desde 2012 faz parte do supergrupo Flying Colors, que também conta com Neal Morse, Dave LaRue, Casey McPherson e Mike Portnoy.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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