As clássicas bandas de rock que Charlie Watts considerava superestimadas

Saudoso baterista dos Rolling Stones não era o maior apreciador do estilo que o consagrou mundialmente

Apesar de ter feito nome com uma das bandas mais emblemáticas da história do estilo, Charlie Watts não era um grande fã do rock and roll. O saudoso integrantes dos Rolling Stones tinha no jazz sua real paixão. Tanto que se aproveitou da fama e fortuna alcançada com o trabalho principal para gravar e financiar vários projetos daquilo que lhe trazia real prazer.

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Em 2012, durante entrevista à Classic Rock, o músico deixou claro que considerava alguns de seus pares superestimados. Especialmente por conta dos exageros sonoros a que se propunham, em exemplos de autoindulgência, de acordo com o instrumentista.

Disse o artista, conforme repercussão do Far Out Magazine:

“Muitas bandas brancas, para mim, são superestimadas. Digo bandas brancas porque a maior parte das músicas que adoro tocar são de músicos negros americanos, coisas dos anos 40 e 50. Quando os músicos brancos dominaram o blues, pareceram compelidos a expandi-lo em todas as direções: Led Zeppelin, Cream, tocando versões de 15 minutos de ‘Crossroads’. Os Stones nunca fizeram esse tipo de coisa.”

Ainda assim, Watts reconhecia a qualidade desses grupos, especialmente o primeiro mencionado.

“O Led Zeppelin era fantástico. O som de John Bonham e Jimmy Page era incrível por si só, sem precisar de mais nada. Some a isso o fato de que eles eram músicos muito bons.”

Sobre Charlie Watts

Nascido em Bloomsbury, distrito ao oeste de Londres, Charles Robert Watts começou a tocar bateria na adolescência, influenciado pelos discos que colecionava. Paralelamente, era um estudante de artes gráficas, o que o fez ser voz atuante nas criações de capas de discos e designs de palco na sua futura banda.

Em 1962 foi convidado por Alexis Korner a se juntar ao Blues Incorporated, que contou com outros músicos que ajudaram a escrever a história do rock britânico nas décadas posteriores. Paralelamente ao trabalho que o consagrou, teve projetos ligados ao jazz, com o Charlie Watts Quintet e o The ABC&D Of Boogie Woogie.

Morreu em 24 de agosto de 2021, após ter passado por uma série de problemas cardíacos. Chegou a participar de parte das gravações de “Hackney Diamonds” (2023) álbum mais recente dos Rolling Stones. Seu substituto nos shows, Steve Jordan, concluiu as partes restantes.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

4 COMENTÁRIOS

  1. ”Led Zeppelin era fantástico”. Concordo com o Watts, Led chegou com os 2 pés na porta do rock, principalmente, nos primeiros 2 discos. Eram bem rústicos e pesados até mesmo, em show de TV. Depois, eles buscaram experimentações sonoras em outras direções, até balada pop (All my love) eles gravaram, mas continuaram brilhantes.

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