Quando o Coldplay ganhou o prêmio de Melhor Álbum Rock no Grammy 2009 por “Viva la Vida or Death and All His Friends” (2008), Chris Martin fez um pequeno discurso sobre a sonoridade explorada por ele e pelos companheiros. Na declaração, o líder brincou que o grupo claramente não era “uma das bandas de rock mais pesadas”. Mas, para Bono, os britânicos nem chegam se encaixar no gênero.
Durante participação no programa “Music Uncovered: The Genius Of Coldplay” da BBC, conforme transcrição da MusicNews, o vocalista do U2 explicou por que. O cantor descreveu a dinâmica da banda como “muito mais interessante” do que a de outros artistas do rock, além de notar que a inspiração utilizada por Martin e companhia é, em comparação, diferente e menos agressiva.
Ele opinou:
“Devo mencionar que o Coldplay não é uma banda de rock. Espero que isso seja óbvio. Há um aspecto muito mais interessante, como os Isley Brothers ou algo assim. Eles não devem ser julgados pelas regras do rock. A raiva é a munição por trás da maioria das bandas do gênero. A música do Coldplay tem uma inspiração diferente e acho que isso aparece com mais clareza em ‘Clocks’.”
Em seguida, expressou a admiração por “Clocks”, música presente no álbum “A Rush of Blood to the Head” (2002). À Rolling Stone, em 2020, Bono já a havia escolhido como uma das 60 canções que salvaram a sua vida. Mais uma vez, sustentou o argumento:
“Ele meio que gruda na sua cabeça, é mais forte do que o tempo. Lembro de quando a ouvi pela primeira vez, fiquei dando soquinhos no ar de uma maneira enérgica, mas não agressiva, e depois tive a sensação de: ‘essa música é simplesmente melhor do que a música de qualquer outro artista no momento’.”
U2 e Coldplay
Apesar dos elogios ao Coldplay atualmente, Bono envolveu-se em uma polêmica quanto ao grupo no passado. Em 2009, quando perguntado sobre o talento de Chris Martin, o líder do U2 deu uma resposta afiada para a BBC: “ele é um bom melodista, mas é um idiota”. Logo em seguida, ressaltou que estava “apenas brincando” e que o Coldplay era na verdade uma ótima banda.
Para o The Sun, o próprio Martin respondeu ao “insulto”. Brincou que os dois eram “arqui-inimigos”, mas destacou também que mantinha respeito pelo cantor.
Anos mais tarde, em 2014, o vocalista substituiu Bono em parte do show do U2 em celebração ao Dia Mundial da Luta contra a Aids, na Times Square, em Nova York. À época, o artista recuperava-se de um acidente e não pôde participar da performance.
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