O guitarrista que David Gilmour morreu de medo de fazer cover

Músico do Pink Floyd teve receio de não conseguir interpretar a obra de um de seus contemporâneos — e ídolos

Em 25 de fevereiro de 2020, David Gilmour foi uma das principais atrações do evento realizado em tributo a Peter Green, lendário músico das formações iniciais do Fleetwood Mac. O show, realizado meses antes de Green falecer, em julho daquele ano, também trouxe participações de Kirk Hammett (Metallica), Steven Tyler (Aerosmith), entre outros. O resultado pode ser ouvido no álbum “Celebrate the Music of Peter Green and the Early Years of Fleetwood Mac” (2021).

Em entrevista à Rolling Stone, Mick Fleetwood, baterista do Fleetwood Mac e responsável pelo evento, contou que fez o convite para o músico do Pink Floyd muito antes do evento em si acontecer. E ainda bem que tudo foi feito com antecedência: segundo ele, Gilmour levou 18 meses para aceitar o chamado.

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O motivo? Grande admirador de Peter, David estava receoso por talvez não fazer justiça à obra do ídolo. Mick relembrou:

“Eu não o conhecia muito bem. Porém, sabia que ele era conectado à música de Peter Green. […] Não era um amigo pessoal, mas dois anos antes do evento acontecer, de repente me dei conta de que deveria ligar para ele e convidá-lo.”

Em seguida, o baterista completou:

“Se você nunca teve o prazer de conhecê-lo, ele (David) é o sujeito mais gentil. Muito aberto e honesto. O Pink Floyd teve dramas similares aos do Fleetwood Mac. […] Mas ele tinha tanta reverência por quem Peter foi, pelas músicas, pela forma de tocar, que inicialmente ele ficou receoso. Dizia: ‘não sei se consigo interpretar o trabalho do Peter, é tão incrível, talvez eu não consiga’.”

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David Gilmour impressionou Mick Fleetwood

A humildade de David Gilmour deixou Mick Fleetwood impressionado. O baterista continuou:

“Eu falei: ‘claro que você pode, o que você está falando?’. Ele disse: ‘no momento, vou passar essa ideia adiante, pelo que expliquei, porém, depois, se acontecer, posso me sentir corajoso o suficiente’.”

Dito e feito: o músico do Pink Floyd acabou se empolgando com a ideia e topou participar, ainda que bastante tempo depois.

“Pelo menos um ano e meio depois, eu liguei de novo e ele falou: ‘estou pronto e realmente quero fazer isso’. Foi algo grande.”

A participação

David Gilmour tocou duas músicas naquele show: “Albatross”, retrabalhada com Rick Vito, e “Oh Well, Part Two”.

“Pela falta de melhor descrição, é uma aventura clássica que Peter ofereceu. Peter nunca tocou isso. O Fleetwood Mac nunca tocou isso. Foi realmente especial o que David escolheu. Fiquei muito feliz.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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