As últimas turnês da carreira do Black Sabbath deveriam ter contado com os quatro membros originais. Porém, após alguns desacertos, o baterista Bill Ward acabou ficando de fora. O álbum “13” foi gravado por Brad Wilk (Rage Against the Machine), com Tommy Clufetos, da banda solo de Ozzy Osbourne, realizando os shows.
Durante o mais recente episódio de “The Madhouse Chronicles”, podcast em parceria com Billy Morrison, o Madman deixou claro seu arrependimento pelo ocorrido. A ponto de nem considerar que a banda era realmente a que representava a história por trás da obra.
Ele disse, conforme descrição do Blabbermouth:
“Não consigo me lembrar por que Bill não participou. Tenho que ser sincero. Não era realmente o Black Sabbath porque Bill não estava lá. Quero dizer, se você tivesse Ginger Baker tocando com os Beatles, não seria os Beatles.”
Sendo assim, Ozzy não descarta um reencontro, mesmo que para apenas uma apresentação. Porém, teria que ser com os quatro originais.
“Tommy Clufetos fez um grande trabalho, mas ele não é Bill Ward. Não foi o Black Sabbath que terminou a história, ficou como algo inacabado. Se eles quisessem fazer mais um show com Bill, eu aproveitaria a chance. Você sabe o que seria legal? Se fôssemos a um clube ou algo assim sem avisar, simplesmente subíssemos no palco e fizéssemos isso. Começamos em um clube e terminaríamos assim.”
Considerando a idade avançada e os problemas de saúde de todos, a hipótese deve acabar ficando na imaginação mesmo.
Black Sabbath e “13”
Em relação ao derradeiro álbum de estúdio, Osbourne segue a linha do guitarrista Tony Iommi e do baixista Geezer Butler. Todos reprovaram a experiência de trabalhar com o produtor Rick Rubin.
“Eu o conhecia há muito tempo, bem antes do álbum. Ele sempre dizia: ‘Escute, se vocês voltarem, precisam me deixar produzir o álbum.’ Quando nos reformamos para fazer aquela turnê de 1997, gravamos o álbum ao vivo ‘Reunion’. Tínhamos duas faixas extras de estúdio. Ele foi até lá e simplesmente disse: ‘Eu gosto dessa faixa, mas não gosto dessa’ e saiu. O tempo passou e Sharon disse para mim ‘Rick Rubin quer que você faça um álbum com ele.’”
Vale destacar que as músicas de “Reunion” – “Psycho Man” e “Selling My Soul” – foram produzidas por Bob Marlette. Sobre o resultado de “13”, Ozzy destaca:
“A única crítica que tenho em relação ao álbum é que nenhum de nós teve muita contribuição. Então foi como voltar direto ao início, quando tínhamos Rodger Bain (produtor dos primórdios) e não sabíamos sobre o double track e tudo mais. Se você tem um produtor, você não produz sozinho, porque Tony Iommi basicamente produziria todos os álbuns depois de um certo tempo.”
Apesar de tudo, “13” chegou ao número 1 em nove paradas nacionais, incluído a estadunidense e a britânica. Ganhou disco de platina no Brasil.
Ozzy Osbourne atualmente
Desde 2019, Ozzy Osbourne faz raras aparições públicas. Enfrentando o Parkinson – além de ter passado por uma série de cirurgias –, o cantor não reúne condições de retomar a carreira em tempo integral. Seus dois últimos álbuns, “Ordinary Man” (2020) e “Patient Number 9” (2022), não tiveram turnês de divulgação.
O Madman será um dos homenageados da próxima cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame. Após a celebração do Black Sabbath em 2016, ele entrar na instituição como artista solo. Sua presença na festa, assim como uma possível performance, não estão confirmadas.
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Meu sonho é vê o Black Sabbath reunidos novamente nem que seja apenas uma vez Queria tanto vê eles tocarem novamente!