O que Serj Tankian pensa sobre perder fãs devido a seu posicionamento político

Vocalista do System of a Down defende que um artista não deve se preocupar em agradar o público

A esta altura devemos imaginar que todo mundo sabe o posicionamento político de Serj Tankian. Além das letras muito claras e manifestações públicas do System of a Down, o vocalista é engajado em uma série de outros projetos que deixam muito explícitas as suas motivações.

Outro exemplo é a parceria com Tom Morello (Rage Against the Machine) na manutenção da ONG Axis Of Justice, que visa incentivar músicos e fãs a lutarem por justiça social. Mesmo assim, algumas pessoas entendem que ele não deveria “misturar as coisas”.

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O próprio garante não estar preocupado com a possibilidade de perder fãs. Para tal, possui uma teoria explicada ao site do National Public Radio, serviço público de mídia americano. Ele disse:

“Vivo em paz com isso porque um artista não deve agradar a todos. Supõe-se que um artista basicamente tente receber através da consciência coletiva quaisquer verdades pelas quais estamos tentando viver, as verdades do nosso tempo. Se não podemos fazer isso, então somos entertainers. Desde o primeiro dia, você tem que fazer essa escolha: você é apenas um entertainer ou vai ser um artista? Caso opte pela primeira opção, tudo bem, há muitos entertainers que sigo e adoro. Mas se você pretende ser um artista, o caminho não será fácil. Você terá que ser honesto consigo mesmo e com todos os outros o tempo todo. As pessoas lhe amar ou odiar, e tudo bem.”

Serj Tankian, o ativista

O cantor ainda fez questão de deixar claro que a maneira como age não necessariamente é compactuada com o restante do System of a Down – embora o grupo já tenha dado provas suficientes de não ter medo do feedback.

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“Eu era mais o ativista da banda do que qualquer outra pessoa. Sempre houve essa troca entre a mensagem e a música. Os outros caras, com razão, não queriam que a música fosse vítima da mensagem o tempo todo. Entendi isso porque também amava a música, mas quando havia uma mensagem que precisava ser espalhada, eu sentia que isso era tão importante, se não mais importante, do que a própria canção.”

System of a Down nas últimas décadas

“Mezmerize” e “Hypnotize”, dois trabalhos de estúdio mais recentes do System of a Down, saíram em 2005. Após a turnê de divulgação, o grupo entrou em um hiato rompido seis anos depois. Desde então, o quarteto vem realizando apenas excursões esporádicas.

Em novembro de 2020 a banda lançou as músicas “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”. As faixas foram motivadas pelo conflito entre Artsakh e Azerbaijão, com todos os rendimentos sendo revertidos aos esforços humanitários na Armênia, terra natal dos ancestrais dos músicos. Junto com outras doações de fãs em suas páginas nas redes sociais, eles arrecadaram mais de US$ 600 mil.

Serj Tankian lançou seu livro de memórias “Down With The System” dia 14 de maio. A publicação nos países de língua inglesa ficará a cargo da editora Hachette Books.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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