Presente no álbum “Abbey Road” (1969), “Something” é o único single dos Beatles com autoria de George Harrison a alcançar o número 1 das paradas. Ela foi lançada no formato de compacto em lado A duplo junto a “Come Together”.
Como vários outros hinos do Fab Four, ela ganhou versões de artistas de diferentes estilos – figura entre as 10 mais regravadas, conforme registro do fansite Beatles Covers. A mais famosa é a de Frank Sinatra, que chegou a citar a composição como “a maior canção de amor de todos os tempos”.
Porém, não é essa a favorita do autor. Em 1988, ao canal MuchMusic, o próprio citou sua preferida. Ele disse, conforme resgate do Rock and Roll Garage:
“A melhor versão de ‘Something’ que já ouvi foi a de James Brown, que ele fez em 1972. Foi apenas o lado B de uma regravação de ‘Think’, que é uma música muito antiga dele. Enviei um cartão postal a ele e disse: ‘Você deveria colocá-la no lado A. É matadora! Ficou muito boa.’”
George Harrison e “Something”
Em entrevista ao Music Radar em 2014, Geoff Emerick, engenheiro de som falecido em 2018 que trabalhou em alguns discos dos Beatles (incluindo “Abbey Road”), relembrou o momento em que George Harrison apresentou “Something” pela primeira vez aos colegas.
“George estava presunçoso quando nos mostrou essa. E com razão: ele sabia que a música era brilhante. E pela primeira vez, John e Paul viram que George havia subido ao nível deles. George estava em seu melhor enquanto guitarrista. Tocou um solo, mas alguns dias depois quis refazê-lo. Só havia uma pista de gravação disponível e era para overdubs orquestrais, então, George gravou um novo solo ao vivo com a orquestra. Foi uma aposta, mas ele fez em apenas um take e foi lindo.”
O engenheiro de som ainda contou como Harrison se impôs durante a gravação da linha de baixo da música.
“Paul começou a tocar uma linha de baixo elaborada e George disse: ‘não, quero que seja simples’. Paul concordou. Não houve discordância, mas nos anos anteriores eu nunca pensaria que algo assim aconteceria. George dizendo a Paul como tocar o baixo? Impensável! Mas aquela música era o bebê de George e todos sabiam de cara que era um clássico instantâneo.”
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George, que o Altíssimo o tenha, mas a versão de James Brown é horrível. Nunca. Nenhuma versão, nenhum cover chegou sequer perto da original. Aquela versão de Paul com o violãozinho é indecente. Parace querer jogar a música pra baixo. George foi grande. E nem sabia.