Quando um artista anuncia um novo álbum de estúdio, é comum que disponibilize uma versão autografada limitada para potencializar as vendas e agradar aos fãs. Não surpreende que o Bon Jovi colocou à disposição uma edição especial do novo disco “Forever”, que, junto do CD ou vinil físicos, prometia um card assinado pelo próprio Jon Bon Jovi.
A versão ficou disponível para o público dos Estados Unidos e do Reino Unido. Tanto no início de maio quanto mais recentemente, o vocalista postou registros nas redes sociais supostamente autografando as cópias.
Contudo, de acordo com relatos de fãs (via Ultimate Classic Rock), a assinatura entregue aos consumidores não é verídica. Conforme a descrição, o autógrafo parece ter sido feito por uma autopen – máquina que realiza assinaturas em grande escala de maneira automática.
A grande maioria apresenta um aspecto robotizado e, seguindo certos modelos, são exatamente iguais, sem qualquer tipo de variação – o que não aconteceria caso tivesse sido escrita à próprio punho. Um usuário fez a comparação:
“Compradores, tomem cuidado. A loja do Bon Jovi está enviando assinaturas feitas com autopen. A Talk Shop Live também [outro ponto de venda]. As assinaturas do Reino Unido parecem feitas à mão.”
Outro perfil do fórum Autograph Life, cujo intuito é discutir a autenticidade de autógrafos, pesquisou e identificou ao menos seis modelos de autógrafos falsos presentes no “Forever”. A situação virou até tema de análise no YouTube e no Reddit.
Por isso, os fãs estão postando reclamações nas redes sociais e pedindo esclarecimentos. Após solicitação de reembolso, foi possível conseguir o dinheiro de volta, segundo experiência de um dos compradores:
“Recebi dois cards assinados pela autopen. Entrei em contato com o atendimento ao cliente e primeiro tentaram dizer que as assinaturas eram reais. Depois me enviaram uma etiqueta de devolução. Quero os CDs e as assinaturas reais que me disseram que eu receberia. Espero que resolvam a questão e não apenas ofereçam um reembolso.”
Outros casos
Não é a primeira vez que casos do tipo ocorrem. Por exemplo, em novembro de 2022, Bob Dylan vendeu cópias falsas autografadas do livro “The Philosophy of Modern Song”, vindo a público pedir desculpas. Já anteriormente, em abril de 2020, Ozzy Osbourne recebeu o mesmo tipo de acusação com as assinaturas disponibilizadas no “Ordinary Man” (2020).
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