O trabalho do músico exige constante estudo, aprimoramento e atualização sobre as novidades do cenário musical. Brian May sabe disso. O veterano guitarrista de 76 anos, que influenciou uma legião de artistas, se mantém informado sobre colegas de gerações seguintes e faz questão de apoiar seus favoritos.
Em entrevista à Guitar World (via Guitar.com), o cofundador do Queen listou os guitarristas que são alvo de sua admiração. Não houve surpresa ao mencionar Nuno Bettencourt, integrante do Extreme destacado por ele em diversas outras ocasiões.
Inicialmente, May mencionou as qualidades técnicas herdadas da influência do saudoso Eddie Van Halen.
“Ele é inacreditável. Sei que ele é influenciado por mim; ele é gentil o suficiente para dizer isso, mas ele é muito influenciado por Eddie Van Halen, como deve ser. Ele sempre presta maravilhosas homenagens a Ed, e ele tem aquela mágica nos dedos que Ed tinha. Nuno, para mim, é simplesmente estratosférico na forma como toca.”
Ligado no que há de novo
Adepto às redes sociais como ferramenta para acompanhar os novos talentos, Brian May abordou a evolução técnica que os jovens apresentam a partir do legado deixado. Outro destaque, então, foi citado: Arielle.
“Fico maravilhado com todos os tipos de pessoas que vejo na internet. Estou no Instagram e há uma garotada por aí que são simplesmente inacreditáveis em termos de técnica. Eles começam de onde paramos, e eu nem consigo chegar lá. Nem poderia começar a emular o que elas fazem… E devo mencionar minha amiga Arielle.”
A jovem guitarrista americana foi descoberta em 2010 justamente por Nuno Bettencourt. Nos anos seguintes, colaborou com May em projetos como o musical “We Will Rock You” e o lançamento de guitarras signature.
“Ela é muito expressiva, muito livre e à moda antiga de muitas maneiras. Ela ama gravações analógicas, amplificadores antigos e essas coisas. É uma excelente guitarrista. Seu tom é magnífico. E ainda há essa coisa em todos os negócios onde as mulheres são ligeiramente subvalorizadas. Está mudando, graças a Deus, mas ela já passou por experiências onde as pessoas não a levavam tão a sério quanto deveriam. Mas ela é uma guitarrista incrível.”
Turma das antigas
May ainda citou Steve Lukather, membro fundador do Toto e guitarrista de sessão que contribuiu com uma série de trabalhos de diferentes estilos — a exemplo de “Thriller” (1982), de Michael Jackson.
“Sua habilidade quando ele se move para a área do jazz é fenomenal. Mas ele é um roqueiro de verdade, e sua técnica é indescritível. Não sei se ele está na lista das pessoas dos maiores guitarristas do mundo, mas para mim, ele é inesquecível e um modelo do que um guitarrista deve ser.”
A lista foi fechada com Paul Crook, admirado pelo músico pela gravação e produção de “Hell in a Handbasket” (2011) e “Braver Than We Are” (2016), de Meat Loaf.
“Não só por suas incríveis guitarras de fogos de artifício, mas também por assumir a produção daqueles álbuns e maximizar absolutamente todo o poder de Meat, que estava lutando uma batalha difícil.”
Sobre Brian May
Nascido em Hampton Hill, Inglaterra, Brian Harold May começou a carreira na banda 1984, que posteriormente se tornou o Smile.
Nos primeiros anos da década de 1970 deu início ao Queen, junto de Roger Taylor e Freddie Mercury. Após a entrada de John Deacon, o grupo construiu a uma das histórias mais bem-sucedidas do rock, com mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o planeta.
Também possui trabalhos solo, além de projetos com Eddie Van Halen, Kerry Elis, Chris Thompson e Tangerine Dream.
Ainda participou de gravações com Black Sabbath, Paralamas do Sucesso, Meat Loaf, Hank Marvin, Foo Fighters e Five Finger Death Punch, entre outros.
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