Eloy Casagrande ainda está se habituando à sua nova vida como baterista do Slipknot. O tamanho dos shows e da banda em si, além da máscara, são só algumas das mudanças com as quais o brasileiro precisa lidar. Há também a parte musical, relativa ao seu instrumento.
Em entrevista a Wallacy Ferrari para a Rolling Stone Brasil, Eloy falou sobre a nova configuração de seu kit de bateria para tocar com os americanos. O número de peças aumentou muito, conforme o próprio músico explicou ao revelar como costumava utilizar até os tempos de Sepultura.
Ele disse:
“Durante muitos anos, eu usei um kit reduzido que era um bumbo, caixa, dois tons e dois surdos. Era um kit bem minimalista e eu sempre me identifiquei muito com isso, mas nada me impedia de também mudar, de tocar um kit maior e, no Slipknot, foi necessário essa mudança por causa dos arranjos já existentes da banda.”
Segundo o site Beat.it (via Rolling Stone Brasil), através de observações de vídeos dos primeiros shows de Eloy com o Slipknot, o kit atual do brasileiro apresenta três tons, uma caixa Bell Brass, dois surdos, um gongo e uma quantidade bem maior de pratos. Além disso, a bateria apresenta impressionantes quatro bumbos, mas três deles são decorativos: o pedal duplo está instalado em apenas um deles.
Tocando e criando com o Slipknot
Na mesma entrevista, Casagrande contou que já participou de uma sessão de composições com o Slipknot, da qual saiu a primeira música anunciada com o baterista, “Long May You Die”. O músico afirma que demorou cerca de 5 meses para se adequar à sua nova bateria e exaltou a liberdade que tem para criar e para tocar músicas já conhecidas imprimindo sua identidade.
Eloy disse:
“Eu já consigo fluir de uma forma mais natural, sem ter que pensar tanto no que eu vou fazer. […] E eu acho que essa mudança veio num momento muito bom, após quase 15 anos usando o mesmo kit. Você muda o seu instrumento, aparecem novas ideias e você abre para novas possibilidades!”
Em outra entrevista, ao site Tenho Mais Discos Que Amigos, Casagrande falou sobre suas músicas favoritas do Slipknot para tocar, e também sobre as mais difíceis. As preferidas foram as clássicas “Spit It Out” e “Duality”. Sobre as mais difíceis, ele explicou que com os americanos, acaba trabalhando mais os pés do que as mãos, ao contrário do que acontecia no Sepultura.
O músico afirmou:
“Músicas como a ‘Disasterpiece’, que é uma música muito rápida, eu tive que fazer uma preparação. ‘Surfacing’ é uma que tem umas partes rápidas também de pedal duplo. Essas que têm pedal duplo eu tive que dar uma suada, mas deu certo [risos].”
Slipknot no Knotfest Brasil 2024
O Slipknot já tem data para retornar ao Brasil: dias 19 e 20 de outubro, como headliner do Knotfest Brasil 2024, programado para acontecer no Allianz Parque, em São Paulo.
Foi divulgado que na apresentação do dia 19, serão tocados os principais sucessos da banda nestes 25 anos de estrada, enquanto a do dia 20 terá o disco de estreia executado na íntegra.
Segundo a organização, o lineup completo chega a público no fim de junho. Os ingressos estão à venda pela Eventim.
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