Ao entrar no Slipknot, Eloy Casagrande encarou novos desafios. O baterista ex-Sepultura precisou entender o ritmo dos outros oito integrantes, aprender a tocar de máscara, e, claro, ensaiar seu novo repertório.
Segundo o brasileiro, enquanto ainda realizava testes para a banda, recebeu uma lista com 32 músicas que eram importantes que “decorasse”. Dentre as selecionadas para os setlists recorrentes do grupo, com quem realizou seu primeiro show em abril, certas faixas apresentaram maior dificuldade para ele do que outras.
Em conversa com o site Tenho Mais Discos Que Amigos, Eloy, primeiramente, revelou suas favoritas. Escolheu “Spit It Out”, do álbum homônimo de estreia de 1999, e “Duality”, do disco “Vol. 3: (The Subliminal Verses)” (2004), explicando o motivo:
“Eu gosto das mais groovadas, as mais lentas, que consigo colocar mais o suíngue brasileiro [risos]. Eu gosto muito da ‘Spit It Out’, é uma das últimas músicas do show. É do primeiro disco, uma música groovada, um soco na cara; ela é reta, direta e groovada. Música muito forte, muito intensa. Adoro tocar ‘Duality’, por mais que seja uma música que a gente já escutou muito na vida, ela pra mim tem um significado muito grande porque foi através dela que eu conheci o Slipknot, que eu assisti ao primeiro clipe, vi os caras mascarados na televisão.”
Depois, mencionou as canções mais árduas. Para o baterista, “Disasterpiece”, presente em “Iowa” (2001), e “Surfacing”, também do primeiro trabalho, trouxeram obstáculos e uma preparação intensa devido à velocidade e ao pedal duplo.
Ele disse:
“Eram velocidades que, até então, eu não tava acostumado. Então eu tive que realmente intensificar o meu estudo dos dois bumbos. No Sepultura, tinha pedal duplo mas era muito mais mão do que pé, e agora no Slipknot é muito mais pé do que mão. Então, eu tive que dar uma intensificada nisso. Músicas como a ‘Disasterpiece’, que é uma música muito rápida, eu tive que fazer uma preparação. ‘Surfacing’ é uma que tem umas partes rápidas também de pedal duplo. Essas que têm pedal duplo eu tive que dar uma suada, mas deu certo [risos].”
De qualquer forma, o brasileiro tem liberdade para improvisar durante o set. Conversando anteriormente com a Veja SP, o baterista destacou a autonomia concedida pelos novos companheiros:
“O que é muito interessante é que é ensaiado, mas a gente tem liberdade para mudar o que quiser. Essas são as músicas, você toca elas, mas você pode sempre mudar e improvisar, desde que não derrube a banda. E isso é algo que eu sempre priorizei na minha vida: a liberdade musical.”
Slipknot no Knotfest Brasil 2024
O Slipknot já tem data para retornar ao Brasil: dias 19 e 20 de outubro, como headliner do Knotfest Brasil 2024, programado para acontecer no Allianz Parque, em São Paulo.
Foi divulgado que na apresentação do dia 19, serão tocados os principais sucessos da banda nestes 25 anos de estrada, enquanto a do dia 20 terá o disco de estreia executado na íntegra.
Segundo a organização, o lineup completo chega a público no fim de junho. Os ingressos estão à venda pela Eventim.
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