Paul Stanley concedeu sua primeira entrevista desde o fim do Kiss. O bate-papo foi conduzido pela jornalista Allison Hagendorf, também responsável por apresentar a livestream do show derradeiro da banda, em Nova York, no último mês de dezembro.
Durante a conversa, Stanley compartilhou alguns detalhes a respeito de seu futuro, bem como o da banda enquanto marca. Sabe-se que o Kiss tem diversos projetos confirmados, como a realização de um espetáculo digital (Kiss Avatar) e uma cinebiografia (“Shout It Out Loud”), cujo prazo de lançamento, 2024, dificilmente será cumprido.
Além disso, o grupo comandado por Paul e pelo vocalista e baixista Gene Simmons anunciou em abril a venda de seu catálogo para a Pophouse, responsável justamente pelo Kiss Avatar. O valor da negociação é estimado em US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão na cotação atual. Além do material musical, o acordo inclui marcas registradas, que incluem o logotipo e os desenhos das maquiagens.
Confira trechos da conversa, transcritos e traduzidos pelo site IgorMiranda.com.br:
Os shows do Kiss Avatar, esperados para 2027: “Não esperem o que vocês viram no telão do show final (no Madison Square Garden). A aparência será totalmente diferente. Serão realmente realistas. […] Há um show desse tipo, do Abba, que tem ingressos esgotados, há três anos. A Pophouse, por trás desse espetáculo, também trabalha conosco. O show é incrível e, mesmo assim, aquela tecnologia já é velha, embora George Lucas esteja envolvido e as pessoas sejam incríveis. A ideia não é refazer um show do Kiss. É uma visão muito limitada. Queremos criar algo que todos queiram ver, inclusive pessoas que não dão a mínima para o Kiss.”
Os papéis de Paul Stanley e Gene Simmons no Kiss Avatar: “O pessoal da Pophouse é incrível e a última coisa que eles querem é nos ver saindo de cena. Estamos há 50 anos fazendo isso e fazemos muito bem. Eles querem que a gente faça parte disso.”
A venda do catálogo: “Não foi a venda em si que nos atraiu. O Kiss tem uma visão que vai além da regra. Queríamos achar pessoas que fossem como nós e desejassem que o Kiss continuasse em uma escala diferente, em um nível diferente, em vez de simplesmente parar com a banda e desaparecer. Queríamos uma nova encarnação.”
A cinebiografia: “O título ‘Shout It Out Loud’ é um título provisório. Poderíamos ter feito um filme anos atrás. Poderíamos ter feito um show da Broadway. Mas você tema chance de fazer algo certo ou não. Não precisamos fazer um filme, mas está mais do que adiantado e você saberá quando estivermos para lançar. […] A escolha do elenco está bem próxima. […] Até darei minha opinião sobre o elenco, mas não posso estar tão próximo disso. Preciso saber minhas limitações e deixar as boas pessoas escaladas trabalharem nisso.”
Documentário sobre a turnê de despedida: “Havia tanta coisa acontecendo, não sei quando será lançado, mas era importante para nós que isso fosse documentado. A turnê foi especial, pela camaradagem na banda, a magia com a plateia…”
Novos lançamentos com o projeto Soul Station: “Faremos isso, mas eu precisava de uma pausa, que eu dei entre 2 de dezembro até algumas semanas atrás, sem pegar na guitarra. […] A vida é sobre seguir em frente. Você guarda as lembranças e segue em frente. Eu só precisava respirar um pouco.”
A entrevista completa pode ser assistida, em inglês, a seguir.
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