Não é muito fácil achar alguém que se dá bem com Ritchle Blackmore. Seus ex-colegas de Deep Purple não são uma exceção. Todavia, Roger Glover garante que a relação melhorou bastante nos anos recentes, devido a uma troca no empresariamento do grupo.
Desde sua segunda e última saída do Purple, em 1993, o guitarrista reativou o Rainbow em duas oportunidades, por curtos períodos, mas desde 1997 tem se dedicado principalmente ao Blackmore’s Night. O projeto musical medieval/renascentista é comandado por ele ao lado da esposa, a cantora Candice Night.
Quando o grupo entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, em 2016, o músico sequer compareceu. No entanto, Glover, baixista do Purple, contou à edição 330 da revista Classic Rock que houve uma melhora nas relações nos últimos anos.
Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, o músico disse:
“Ritchie tem estado em sua própria estrada por um longo tempo. Ele não está envolvido conosco em nada. Ele tem nos processado, há sentimentos ruins ao longo dos anos. Nos custou um monte de dinheiro. Mas desde que trocamos o empresariamento (em 2020) ele está na mesma página que nós. Ele agora é parte da família do Purple. Não pessoalmente, mas através de seu pessoal.”
Sobre a praticamente impossível chance de reunião, Glover é diplomático, mas incisivo. Ele afirma:
“Felicidade é importante para nós nesse estágio (da carreira).”
Deep Purple e Ritchie Blackmore: amor e tédio
Ritchie Blackmore foi um dos fundadores do Deep Purple, em 1968. Permaneceu na banda até 1975, quando formou o Rainbow, e retornou em 1984, quando o grupo retomou as atividades, que haviam sido encerradas em 1976. Como já mencionado, deixou o Purple pela segunda e última vez em 1993.
O relacionamento dele com os colegas, sobretudo com o vocalista Ian Gillan, sempre foi complicado. Porém, não foi o único motivo para sua saída definitiva.
Em entrevista ao New Jersey Stage, o músico declarou que se sentia entediado em relação à música pesada e buscava uma sonoridade mais melódica, algo que encontrou no Blackmore’s Night. Ele afirma:
“O estresse vinha das viagens relacionadas ao rock ‘n’ roll, da tentativa contínua de criar diferentes riffs sempre mais pesados, o que pode ser chato. Eu estava ficando cansado de tocar o mesmo tipo de música: rock pesado por rock pesado.”
Blackmore’s Night de volta
Após alguns meses sem atividades, o Blackmore’s Night retornou à estrada recentemente. O projeto de Ritchie Blackmore e Candice Night realizou apresentações pelos Estados Unidos entre junho e julho.
A formação atual do grupo ainda conta com o baixista Mike Clemente, o baterista David Keith, o tecladista David Baranowski, a violinista Claire Smith e a flautista e backing vocal Christina Lynn Skleros.
Diz o casal protagonista em mensagem oficial aos fãs:
“Junte-se a nós neste verão enquanto os fogos místicos brilham à meia-noite. Para todos os nossos amigos, fãs e família Blackmore’s Night: pegue seu pandeiro ou sua caneca de cerveja, cante e dance conosco ‘Under a Violet Moon’. Deixe-nos transportá-lo de volta no tempo para uma noite mágica com música que iluminará seus corações e almas.”
O Blackmore’s Night teve início em 1997, após o Rainbow ter sido colocado em hibernação pela segunda vez. Desde então, 11 álbuns de estúdio foram lançados. O mais recente, “Nature’s Light”, saiu em 2021. O trabalho teve como principal desempenho comercial o sétimo lugar na parada alemã.
Além de composições próprias e versões para canções que remetem à característica do projeto, o repertório dos shows costuma incluir algumas músicas do passado de Ritchie. A mais constantemente presente é “Soldier of Fortune”, composta em parceria com David Coverdale e registrada pelo Deep Purple no álbum “Stormbringer” (1974).
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O Blackmore’s Night eh de uma chatice insuportável e o Gillan eh um tremendo babaca por se recusar a cantar as músicas da época do Coverdale, que aliás canta muito mais que ele.