Brian May se lembra com detalhes do período em que trabalhou com Freddie Mercury. O guitarrista e o saudoso vocalista do Queen conviveram por décadas e passaram por inúmeras experiências juntos. Nas palavras do instrumentista, o amigo foi “simplesmente cheio de paixão e inspirador” até sua morte, em novembro de 1991.
Conversando recentemente com a Guitar World, o músico também elogiou a conduta do companheiro de banda em estúdio. Segundo o próprio, o falecido cantor fazia questão de deixá-lo confortável e incentivá-lo. Ainda, adaptava-se facilmente às ideias sugeridas e sempre mantinha certa positividade.
Disse o guitarrista:
“Freddie sempre foi ótimo. Eu costumava cantar coisas para ele e ele sempre me encorajava muito. Claro, eu geralmente compunha pensando nele. Eu sabia que precisava escrever algo que funcionasse não apenas para mim. E geralmente, ele pegava o jeito muito rápido. Em muitos casos, eu dizia: ‘sim, eu consigo fazer isso, só me dê uma chance e eu farei’. [Freddie] sempre foi muito direto. Ele era incrivelmente cheio de motivação, otimismo e energia. Ele me ajudou muito com minhas inseguranças – e meio que me escolheu como seu guitarrista logo no início.”
Antes mesmo da fama, Freddie já tinha grandes ambições, de acordo com o músico. Porém, a atitude não soava como arrogância e sim como um incentivo para as pessoas ao redor, como explicou:
“Mesmo quando Freddie ainda não era nada nem ninguém, ele imaginava-se como Jimi Hendrix em sua mente. E eu colaborei para que ele continuasse assim. Ele sempre dizia: ‘você pode fazer tudo que as outras pessoas fazem, Brian, você consegue fazer isso por mim’. Parece que estou fazendo dele presunçoso, mas não. Era apenas o entusiasmo de: ‘nós podemos fazer isso juntos, nós podemos ser a melhor coisa do mundo’.”
Música que faz lembrar de Freddie Mercury
Em entrevista recente à Vulture, Brian May citou “The Miracle”, faixa-título do álbum de 1989, como responsável por aflorar memórias de momentos com Freddie Mercury. Ele explicou:
“Eu amo essa música porque ela é muito delicada e cheia de esperança e luz. Quando Freddie a compôs, já devia saber que o futuro não seria tão bom para ele. Acho que ele imaginava o que poderia acontecer. É simplesmente linda e muito inocente. Ele fala sobre as invenções no mundo com admiração. Isso nitidamente exclui todo o mal do mundo e todas as coisas terríveis que estavam acontecendo com ele e seus amigos. Eu simplesmente amo isso.”
Em seguida, o artista destacou as características da canção em si.
“É provavelmente a faixa mais leve que já fizemos, mas para mim tem um grande peso porque tem muito conteúdo espiritual. Eu gosto do que fiz com a guitarra também, mas as minhas contribuições são a cereja no topo do bolo. É de Freddie o teclado e a voz. A letra é simplesmente sensacional. Ainda me faz chorar.”
Sobre Brian May
Nascido em Hampton Hill, Inglaterra, Brian Harold May começou a carreira na banda 1984, que posteriormente se tornou o Smile.
Nos primeiros anos da década de 1970 deu início ao Queen, junto de Roger Taylor e Freddie Mercury. Após a entrada de John Deacon, o grupo construiu uma das histórias mais bem-sucedidas do Rock, com mais de 300 milhões de discos vendidos em todo o planeta.
Também possui dois trabalhos solo, além de projetos com Eddie Van Halen, Kerry Elis, Chris Thompson e Tangerine Dream. Ainda participou de gravações com Black Sabbath, Paralamas do Sucesso, Meat Loaf, Hank Marvin, Foo Fighters e Five Finger Death Punch, entre outros.
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