A bizarra inspiração de Lady Gaga para sua Arlequina

Artista revelou ter precisado alterar o seu estilo de cantar para se encaixar na personalidade que buscava

O anúncio de que Lady Gaga interpretaria a Arlequina na continuação da saga atual do Coringa pode ter sido uma surpresa, mas não dá para dizer que não faz sentido. A multifacetada artista promove um encaixe perfeito com os aspectos psicológicos a que a trama se propõe, como sua mutante obra pode sugerir.

Ainda assim, ela precisou fazer algumas alterações em sua persona para encontrar o tom exato da personagem, de nome Harley “Lee” Quinn. Em entrevista à revista Empire, ela revelou o que precisou adaptar, incluindo a maneira como canta.

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Disse a artista, conforme repercussão do Indiewire:

“As pessoas me conhecem pelo meu nome artístico, Lady Gaga, certo? No filme é diferente, estou interpretando uma personagem. Sendo assim, trabalhei muito na maneira como cantava para fazer surgir de Lee, não de mim enquanto intérprete.”

Parte disso implicou em abandonar a voz profissionalmente treinada e explorar um lado menos refinado.

“Há muitas notas desafinadas saindo de Lee. Sou uma cantora treinada, certo? Então, até minha respiração era diferente quando cantava como a personagem. Quando respiro para cantar no palco, tenho essa maneira muito controlada de garantir que estou no tom e que ele seja sustentado no ritmo e na quantidade de tempo certos. Lee nunca saberia como fazer nada disso. Então, é como remover a tecnicalidade da coisa toda, minha forma de arte percebida de tudo isso e estar completamente dentro de quem ela é.”

Lady Gaga, Arlequina e Charles Manson

Na mesma matéria, o diretor Todd Phillips mencionou a figura que inspirou Gaga na construção de sua Arlequina. Tendo liberdade criativa, a estrela buscou características de um dos mais famosos psicopatas do mundo – talvez o mais conhecido entre os diagnosticados no mundo pop.

“Ela buscou referências no fato de como Charles Manson tinha garotas que o idolatravam, o jeito que às vezes esses assassinos presos têm pessoas que os admiram. Há algumas características que foram tiradas da Arlequina dos quadrinhos, mas nós pegamos e moldamos do jeito que queríamos que fosse.”

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Em relação ao Coringa, Phillips deixa claro que ele jamais exercerá um poder pleno sobre Gotham, como Manson fez com seu culto. O cineasta diz:

“Nós nunca faríamos isso. Arthur claramente não é um gênio do crime. Ele nunca foi isso. Tornou-se esse símbolo relutante e involuntário para as pessoas, mas agora está pagando pelos crimes do primeiro filme. Ao mesmo tempo, encontra a única coisa que sempre quis, que era o amor. Mesmo que tenha sido levado em todas essas direções. Então, tentamos apenas fazer a versão mais pura disso.”

Sobre “Coringa: Delírio a Dois”

Coringa: Delírio a Dois”, continuação do filme de 2019, tem estreia marcada para 3 de outubro. A realização é da Warner Bros. O longa dirigido novamente por Todd Phillips traz Joaquin Phoenix de volta ao papel do Palhaço do Crime que vive na conturbada cidade de Gotham.

A sinopse indica que no enredo da nova obra, Arthur Fleck está institucionalizado em Arkham à espera do julgamento por seus crimes. Enquanto luta com a dupla identidade, o protagonista da trama não apenas se depara com o amor verdadeiro, como encontra a música que sempre esteve dentro dele.

O subtítulo “Folie à Deux” (que virou “Delírio a Dois” no Brasil) é uma referência a uma condição psicológica onde várias pessoas experimentam a mesma alucinação. Com a presença de Lady Gaga no elenco, deverá ser um musical, gênero que o longa original explorou em algumas cenas, ganhando mais destaque agora.

Em reportagem publicada no último mês de agosto, a revista Variety deu uma estimativa do orçamento na casa dos US$ 150 milhões – aproximadamente R$ 750 milhões na cotação atual. O valor chega a ser astronômico em vista da verba do antecessor, que custou entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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