A maior ambição do Metallica com “Ride the Lightning”, segundo Kirk Hammett

De acordo com guitarrista, banda tinha um meta específica para o disco de 1984 que, à época, parecia realmente "muito grande"

Quatro décadas atrás, em julho de 1984, o Metallica lançava o seu segundo álbum de estúdio. Com um som mais elaborado, Ride the Lightning destacou-se pelos singles “Fade to Black”, “Creeping Death” e “For Whom the Bell Tolls”. Em lista idealizada pela Rolling Stone, é considerado o 11º melhor disco de metal de todos os tempos. 

Desde o princípio da criação, a banda já sabia o quão longe queria chegar com o material. Segundo Kirk Hammett, as ambições, apesar de parecerem impossíveis, eram grandes. 

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Conversando com a Consequence, o guitarrista, primeiramente, destacou que os músicos não viviam uma situação confortável à época. Aos 21 anos de idade, o integrante, assim como os colegas, não possuía tantos bens materiais.

Ele disse:

“Eu diria que quando estávamos gravando [‘Ride the Lightning’] ainda tínhamos o mesmo estilo de vida precário. Não tínhamos muito. Nenhum de nós tinha carros ou casas. Eu tinha talvez uma guitarra, na verdade, duas. Mas de repente tínhamos essas músicas. Eram muito importantes para a gente.”

Sendo assim, apostaram tudo no “Ride the Lightning”. As gravações aconteceram no Sweet Silence Studios em Copenhague, Dinamarca. De acordo com o instrumentista, foi a primeira vez do grupo em um grande estúdio.

Quando o material começou a tomar vida, a principal meta era fazê-lo soar o melhor possível. Kirk comenta:

“Quando fomos gravá-las, entramos pela primeira vez no que consideramos um estúdio de verdade. Nós realmente queríamos que as faixas fossem as melhores possíveis sonoramente e em termos de produção. Então, tínhamos o pensamento constante: ‘Isso é o melhor que conseguimos? Esse é o melhor som de guitarra possível? Essa é mesmo a melhor execução? Precisamos fazer um álbum que tenha um destaque maior do que todo o resto’.”

A ambição, segundo Kirk Hammett

Logo o Metallica estabeleceu uma alta ambição: chegar ao mesmo nível de qualidade e divulgação de todos os outros álbuns lançados no período por nomes consolidados no mercado. Isso incluía até mesmo trabalhos de grupos de outros gêneros, como Mötley Crüe, Def Leppard e Dokken, mais associados ao hard rock.

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De fato, era um propósito que parecia distante, sobretudo porque, num primeiro momento, o disco saiu pela gravadora independente Megaforce Records — até meses mais tarde ser relançado pela Elektra Records. Ainda assim, a banda não mudou o pensamento.

Kirk Hammett relembrou: 

‘Kill ‘Em All’ foi nosso primeiro álbum. No seu primeiro álbum, você tem permissão para cometer erros e imperfeições. Tudo bem, é seu primeiro. Mas então, no segundo, é esperado que você dê um passo à frente e nós estávamos bem cientes disso. Queríamos lançar um álbum que pudesse competir com tudo que estava saindo naquela época, que eram trabalhos do Mötley Crüe, Def Leppard, Dokken. Queríamos lançar um álbum que fosse bom como qualquer outro lançado por uma grande gravadora. E essa era uma ambição muito, muito grande para nós.”

A capa de "Ride the Lightning", segundo álbum de estúdio do Metallica
Capa de “Ride the Lightning”, segundo álbum de estúdio do Metallica

Metallica e “Ride the Lightning”

Disponibilizado em 27 de julho de 1984, “Ride the Lightning” foi gravado em três semanas no Sweet Silence Studios em Copenhague, Dinamarca, com o produtor Flemming Rasmussen. Foi o último a contar com contribuições de Dave Mustaine nas composições, assim como o primeiro a ter colaborações de seu substituto, Kirk Hammett.

A sonoridade já contava com maior sofisticação em comparação à crueza de “Kill ‘Em All”. O mesmo pode ser dito do conteúdo lírico, com citações a escritores como Stephen King, Ernest Hemingway e H.P. Lovecraft.

Vendeu mais de 6 milhões de cópias em território estadunidense. A turnê contou com a primeira aparição no Monsters of Rock, em Donington, tocando entre Ratt e Bon Jovi – o que despertou a ira de James Hetfield, com direito a discurso inflamado em pleno palco.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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