Ozzy Osbourne construiu uma sólida discografia tanto com o Black Sabbath quanto em carreira solo. Há, ali, álbuns que são consideradas pedras fundamentais do heavy metal — seja a sequência de seis trabalhos iniciais do Sabbath, sejam alguns registros como artista individual, a exemplo dos materiais com Randy Rhoads.
Todavia, um de seus registros solo não conta com seu apreço. Embora seja adorado por boa parte dos fãs e siga como um dos mais vendidos da carreira de Osbourne, “The Ultimate Sin” não goza do mesmo prestígio com o próprio artista.
Em entrevista de 2019 à Rolling Stone, resgatada pelo Society of Rock, ele refletiu, sem usar exatamente a expressão “ódio”:
“Ron Nevison, o produtor, realmente não fez um ótimo trabalho. As músicas não eram ruins, apenas estranhas. Tudo parecia e soava igual. Não havia imaginação. Se há um álbum que eu gostaria de remixar melhorar, certamente seria ‘The Ultimate Sin’.”
Em 2021 o guitarrista Gus G, que acompanhou Ozzy de 2009 a 2017, falou um pouco mais sobre a relação do cantor com o disco ao The Metal Voice. E, aí sim, revelou que o ex-patrão odiava o trabalho mencionado.
Conforme transcrição do Ultimate Guitar, ele disse:
“Eu amo a música ‘Shot in the Dark’ e também há muitas pérolas escondidas nesse álbum, como ‘Lightning Strikes’ e ‘Killer of Giants’. Lembro de dizer a Ozzy do quanto gostava do álbum, mas ele me disse o quanto odiava. Foi um período ruim em sua vida e ele não gostava da mixagem.”
Ozzy Osbourne e “The Ultimate Sin”
Quarto trabalho solo do Madman, “The Ultimate Sin” foi o último a contar com o guitarrista Jake E. Lee, além de marcar as estreias do baixista Phil Soussan – que só gravou este disco – e do baterista Randy Castillo. A produção de Ron Nevison foi realizada com a declarada intenção de adaptar a sonoridade ao que dominava o rock americano à época.
O baixista Bob Daisley participou do processo de composição, mas saiu antes das gravações devido a discussões relacionadas a créditos. Seu nome não aparece nas primeiras prensagens, o que foi corrigido posteriormente.
Originalmente o álbum se chamaria “Killer of Giants”, com a mudança ocorrendo próximo ao lançamento. Apesar do “fogo amigo”, o resultado foi positivo, com mais de 2 milhões de cópias vendidas só nos Estados Unidos.
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