A despeito de ter se tornado uma banda muito diferente em termos de sonoridade, o Iron Maiden mantém clássicos de seus primórdios nos setlists de shows. Considerando a fase dos dois primeiros álbuns, quando o vocalista era Paul Di’Anno, a música que dá nome à banda e seu primeiro disco é presença obrigatória.
Questionado sobre sentir orgulho ao saber que criações das quais participou seguem sendo lembradas pelos colegas, o ex-cantor do grupo não apenas confirmou, como elogiou a atitude de forma que não costumava fazer em um passado não muito distante.
Ele disse ao Misplaced Straws:
“É claro, claro que sim, absolutamente. Quando eu e o Maiden nos separamos, isso meio que me atingiu por um tempo. Adotei aquela postura de ‘O mundo inteiro está contra mim’, esse tipo de coisa. Mas com o passar dos anos, me dei conta de que a vida é curta demais para isso.”
Os encontros recentes na Croácia ajudaram a amenizar a amargura, confessa o frontman.
“Encontrei-me com Steve Harris no ano passado e estive com Bruce Dickinson no último final de semana aqui na Croácia, o que foi fantástico. Então, sim, está tudo bem. Cada álbum que o Iron Maiden lança é icônico. Eles conseguem manter o nível, o que é ótimo. Fico muito orgulhoso de fazer parte dessa história.”
“Iron Maiden” e “Killers”
Lançado em 14 de abril de 1980, o primeiro álbum do Iron Maiden levava o nome da banda. Foi produzido por Wil Malone. Os músicos sempre declararam descontentamento com o resultado final em termos de sonoridade. Foi o único disco a contar com o guitarrista Dennis Stratton na formação.
A versão original norte-americana contava com uma música a mais, “Sanctuary”, lançada no Reino Unido como single. Reedições mundiais posteriores incluíram a faixa. O trabalho chegou ao 4º lugar na parada do Reino Unido, onde ganhou disco de platina. O grupo fez uma turnê europeia como atração de abertura do Kiss que ajudou a projetá-los.
Disponibilizado em 2 de fevereiro do ano seguinte, “Killers” foi o último de inéditas a contar com o vocalista Paul Di’Anno. Também marcou a estreia do guitarrista Adrian Smith. Martin Birch assumiu a produção, em uma parceria que se estenderia pela próxima década.
O baixista Steve Harris compôs quase todas as faixas sozinho. As exceções são a faixa-título e “Twilight Zone”, inicialmente exclusiva da versão americana, com créditos para Paul Di’Anno e Dave Murray, respectivamente. É o único da discografia a ter duas músicas instrumentais, “The Ides Of March” e “Genghis Khan”.
“Killers” faturou premiações de ouro nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Suécia, além de platina no Canadá.
Paul Di’Anno atualmente
Paul segue realizando tratamentos de saúde visando uma tentativa de recuperar a capacidade de locomoção. Nas últimas semanas, o escritor e empresário Stjepan Juras declarou que não se responsabilizará mais pelos cuidados do artista após a atual temporada na Croácia.
Em longo desabafo, o manager disse que Di’Anno exige um padrão de vida com o qual não consegue arcar financeiramente, além de não prestar contas de seus gastos. O texto completo pode ser lido clicando aqui.
Recentemente, o Warhorse lançou seu primeiro álbum, promovido pelo selo BraveWords Records. O trabalho autointitulado traz o cantor britânico junto a músicos croatas. A Hellion Records o disponibilizará em versão física no Brasil.
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