Slash e Dave Mustaine se conheceram na Califórnia, antes mesmo de alcançar o sucesso. No período, chegaram a fazer algumas jams, mas nada que realmente levasse à possibilidade de estabelecer parceria mais concreta.
Cada um seguiu seu caminho. Uma colaboração quase aconteceu em 2010, quando o guitarrista do Guns N’ Roses lançou seu primeiro álbum solo.
O disco – que tinha como mote principal a participação de diferentes vocalista em cada faixa – traz uma canção teria sido criada tendo o frontman do Megadeth em mente. Porém, ela acabou sendo cantada por outro nome, mais ligado ao heavy metal do século atual.
A história foi contada por Slash à época, para o Music Radar. Ele disse:
“Não havia muito pensamento consciente sobre que tipo de disco eu estava fazendo. Fui apenas juntando todas essas pessoas e era uma coisa do tipo ‘seja como for’. Mas quando comecei a olhar para a lista de figuras com quem já tinha trabalhado, mais ou menos na metade das sessões, alguns dos meus heróis estavam lá, além de alguns dos meus contemporâneos. Faltava ter alguns caras jovens.”
Foi quando houve a mudança de planos em relação a “Nothing to Say”, que acabou ocasionando a troca de cantores.
“Para essa música, eu estava pensando que Dave Mustaine teria sido ótimo, mas decidi variar eras. Então veio o Avenged Sevenfold em mente. Felizmente nós compartilhamos managers, então M. Shadows foi fácil de contatar! E ele foi ótimo, chegou e trabalhou duro para juntar as melodias, levou isso muito a sério. A música representa um escape para algo que não conseguiria fazer no Velvet Revolver!”
Slash, Dave Mustaine e Megadeth
Em 2018, durante entrevista ao Loudwire, Slash relembrou a amizade com Mustaine e falou sobre a possibilidade de um dia aparecer em um disco do Megadeth.
“Nunca falei com ele sobre isso. Ele é muito prolífico com os discos do Megadeth. Eu não me vejo participando de uma música do Megadeth. Não acho que funcionaria no contexto do Megadeth. Mas, talvez, Dave em alguma das minhas coisas, não sei.”
Dias mais tarde, ao mesmo site, Mustaine discordou do amigo e deu sua visão sobre uma parceria.
“Slash é um grande talento e eu discordo inteiramente do que ele disse: que ele não poderia tocar em um disco do Megadeth. Ele é um guitarrista brilhante. Eu, basicamente, toco em escala pentatônica e é a escala básica dos guitarristas de blues. Quando comecei a cantar, infelizmente, não conseguia tocar da forma que queria. Por isso, as músicas já são feitas para um guitarrista bluesy.”
Sobre “Slash”, o álbum
Lançado em 31 de março de 2010, “Slash” contava com diferentes vocalistas e passeava por variados estilos em cada faixa. Myles Kennedy foi o único a cantar em mais de uma música do tracklist original. Acabou entrando para a banda fixa do guitarrista, em uma parceria que segue até os dias atuais.
Os instrumentistas da formação clássica do Guns N’ Roses participaram das gravações em diferentes faixas. Uma parceria com Steven Tyler (Aerosmith) chegou a ser trabalhada, mas nunca finalizada. Slash ainda pensou em convidar Thom Yorke (Radiohead) e Michael Jackson – que faleceu antes do lançamento -, mas se declarou intimidado.
“Slash”, o álbum, chegou ao Top 10 nas paradas de 14 países. Nos Estados Unidos, emplacou a terceira posição do The Billboard 200.
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