Astro do cinema francês, Alain Delon morre aos 88 anos

Ator enfrentava problemas de saúde nos últimos tempos e havia reivindicado direito a morte induzida

O ator Alain Delon faleceu neste domingo (18) aos 88 anos de idade. O astro estava em sua casa, localizada em Douchy-Montcorbon, na França.

A causa da morte não foi confirmada, mas ele havia sofrido um acidente vascular cerebral em 2019, logo após receber uma premiação no Festival de Cannes. Desde então, lidava com uma série de problemas de saúde.

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Em março de 2022, o artista começou a reivindicar o direito à morte induzida. Destacando a bela vida que teve, alegava querer evitar o sofrimento causado pelas dores e internações, além dos efeitos das medicações. Seu filho, Anthony, seria o responsável por assisti-lo durante o processo.

Na mesma época, publicou um texto em seu Instagram – posteriormente apagado – que soava como uma despedida, onde declarou:

“Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram grande apoio, espero que futuros atores possam encontrar em mim um exemplo não só no local de trabalho, mas na vida de todos os dias, entre vitórias e derrotas. Obrigado, Alain Delon.”

Infância problemática e símbolo sexual

Nascido em Sceaux, França, Alain Fabien Maurice Marcel Delon foi entregue à adoção aos 4 anos, após a separação de seus pais biológicos. Posteriormente, os adotivos foram assassinados e ele voltou a morar com a mãe, à época já casada novamente. Foi expulso de seis escolas. Posteriormente, se alistou na marinha, lutando no sudoeste asiático.

Após a dispensa, trabalhou em uma série de empregos temporários, além de ter se envolvido com figurões do crime organizado. Com o tempo, se tornou amigo de vários atores, os acompanhando. Foi descoberto em Cannes, no ano de 1957.

Nas décadas de 60 e 70, se consagrou como símbolo sexual – o que tentou desmistificar com o passar dos anos, almejando ser levado a sério com seu trabalho – e estrelou mais de 80 produções cinematográficas. Entre os maiores sucessos estão “O Sol por Testemunha” (1960) e “Cidadão Klein” (1976).

Alain Delon e The Smiths

A grande ligação de Alain Delon com o mercado da música pop veio na capa do álbum “The Queen is Dead”, lançado pelo The Smiths em 1986. A imagem foi retirada do filme “L’Insoumis” (1964) – “Terei o Direito de Matar?” no Brasil.

O terceiro trabalho de estúdio do grupo britânico chegou ao segundo lugar na parada britânica. Também ganhou disco de ouro nos Estados Unidos, impulsionado por clássicos como “The Boy with the Thorn in His Side”, “Bigmouth Strikes Again” e “There is a Light That Never Goes Out”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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