Abrir artefatos para ver o que há dentro se tornou até mesmo fonte de renda em tempos recentes nas mídias sociais – houve até quem tenha cortado a própria placa do YouTube, gerando reações extremadas. O Beastie Boys decidiu investigar o conteúdo de um disco de ouro em 1989.
Ao receberem o disco de ouro pelo álbum “Paul’s Boutique”, os integrantes do grupo não apenas o abriram como colocaram para tocar. Ficaram chocados ao ouvir registros de versões ao piano para músicas do cantor Barry Manilow e outros da mesma estirpe.
A história foi contada ao podcast Conan O’Brien Needs a Friend. Ad-Rock começou, conforme registro do Louder:
“Estávamos em nosso estúdio na Califórnia. Eu fumava maconha. Já faz muito tempo. Vimos o disco de ouro na parede. Tinha o selo do nosso, mas era dividido em apenas quatro faixas, enquanto o nosso tinha nove no lado A (nota da redação: eram oito, na verdade). Então, abrimos e colocamos para rodar.”
Mike D continuou a explanação, contando que o processo se deu da forma rústica que todos imaginam.
“Quebramos o vidro, tiramos o LP de lá e pusemos no toca-discos.”
Ad finalizou expressando a surpresa e frustração.
“Era alguém fazendo versões de piano de Barry Manilow, tipo ‘Feelings’. Só mais uma m*rda qualquer.”
Beastie Boys e “Paul’s Boutique”
Segundo álbum de estúdio do Beastie Boys, “Paul’s Boutique” emplacou os singles “Hey Ladies” e “Shadrach”. O trabalho vendeu mais de 2 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, tendo chegado ao 14º lugar na Billboard 200, principal parada local.
As sessões de gravação duraram dois anos e foram produzidas pelos Dust Brothers. O brasileiro Mario Caldato Júnior foi o engenheiro de som. Entre clássicos do rock, soul, funk e jazz, mais de 100 músicas foram sampleadas no processo. A Rolling Stone se referiu ao disco como sendo o “Sgt. Peppers do hip-hop”.
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