Não é segredo que Fernanda Lira é uma grande fã de Beyoncé. A vocalista e baixista da Crypta teve a oportunidade de ver a cantora ao vivo pela primeira vez em junho do ano passado, durante a “Renaissance Tour”. Ao publicar registros emocionada diante do sonho realizado, inúmeros headbangers a chamaram de “poser” por ouvir música pop.
Apesar de proferidos de maneira ofensiva, os comentários não incomodaram a musicista. Pelo contrário: ela acredita que receber a “ofensa” é, na verdade, positivo.
O assunto surgiu em entrevista à edição 391 da Metal Hammer. A brasileira revelou ter ficado surpresa com a reação das pessoas, já que sempre ressaltou sua admiração por outros gêneros musicais, principalmente pela Beyoncé — eternizada em sua pele por meio de uma tatuagem feita em 2017, conforme publicação nas redes sociais.
Ela disse, conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br:
“Fiquei surpresa porque muitas pessoas já sabiam que eu era fã da Beyoncé. Postei sobre isso antes do show e fiz uma tatuagem dela em 2016 ou 2017. Eu não tinha ideia do porquê as pessoas ficaram tão chateadas naquela época. Muitas pessoas ficaram muito felizes em ver uma metaleira admitindo que ouve música pop, mas recebi muitas mensagens de pessoas que achavam que não era uma coisa ‘metal’ a se fazer.”
Não demorou para que as críticas começassem e que a própria passasse a respondê-las diretamente. Sobretudo, o apelido de “poser” apareceu com frequência nas notificações de Fernanda.
No entanto, ela gostou de receber o “xingamento”, porque, ao seu ver, isso significa liberdade quanto aos estereótipos propagados dentro da comunidade do metal, como declarou:
“Basicamente, me chamaram de ‘poser’ e eu amo isso! Recentemente, cheguei à conclusão de que adoro ser chamada de poser. Se ser poser é estar livre de todos os estereótipos e regras típicas do metal, então eu amo ser poser! Eu amo a identidade do metal, como as roupas totalmente pretas, a cultura e a comunidade do metal, mas não gosto quando é restritivo. Eu quero ser livre e quero encorajar outras pessoas a serem livres também.”
Respeito e presentes
Por outro lado, há uma parcela do público que também respeita os gostos de Fernanda Lira e que até a presenteia com itens relacionados a Beyoncé. Ela relembrou um caso em específico:
“Guardo uma pequena imagem que alguém fez no Photoshop, que é a Beyoncé em pé no palco e eu bem ao lado dela tocando meu baixo. Eu coloquei isso onde eu trabalho, no meu escritório, para que eu possa olhar para isso todos os dias e me inspirar: ‘um dia, isso vai acontecer’. As pessoas estão dizendo que o próximo álbum da Beyoncé nesta trilogia que ela está fazendo [primeiro com ‘Renaissance’ em 2022 e depois ‘Cowboy Carter’ neste ano] será um álbum rock, então eu tenho jogado para o universo: ‘por favor, uma parceria precisa acontecer’.”
Fernanda Lira e as críticas
Antes mesmo da polêmica, conversando com Nando Machado para o Wikimetal, Fernanda Lira já havia comentado sobre as críticas que recebe por causa de sua personalidade. Durante o bate-papo realizado em 2022, a vocalista e baixista mencionou a questão, além de suas outras paixões fora do metal:
“Eu faço questão de falar: tenho uma tatuagem da Amy Winehouse, tenho uma tatuagem da Beyoncé, sim, senhor. Inclusive, às vezes o pessoal fala, ‘ah, essa mina é poser’, é uma besteira. O povo confunde as coisas […]. Eu já fui headbanger true, inclusive eu odiava a Amy Winehouse antes da morte dela, vai saber o porquê […]. Fora do metal gosto muito de blues, que é minha segunda paixão, principalmente blues bem oldschool e raíz. Gosto muito de soul também, minhas vocalistas favoritas tem a ver com soul: R&B, jazz, blues.”
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