Por que o Iron Maiden não baixou tom das músicas para Blaze, segundo Steve Harris

Vocalista foi muito criticado por conta das performances para as músicas gravadas por seus antecessores

Os dois álbuns do Iron Maiden com Blaze Bayley nos vocais – “The X Factor” (1995) e “Virtual XI” (1998) – foram criticados pela maior parte dos fãs quando de seus lançamentos. Com o passar do tempo, alguns reconheceram qualidade nos trabalhos, especialmente no primeiro.

Porém, em um aspecto o cantor era indefensável: suas performances ao vivo, cantando os clássicos imortalizados por Paul Di’Anno e Bruce Dickinson, eram abaixo da crítica. Um dos principais problemas foi que, embora o frontman tivesse um registro diferente de seus antecessores, os tons não foram alterados para se adequar ao que ele poderia oferecer.

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Em entrevista ao podcast Scars and Guitars, o baixista Steve Harris foi questionado sobre o que levou a banda a adotar essa postura. O líder do grupo respondeu, conforme transcrição do Ultimate Guitar:

“Na verdade, não pensamos nessa possibilidade. Talvez em algumas coisas específicas, olhando para trás, poderíamos ter feito isso. Mas não, não pensamos realmente sobre o assunto. Não nos demos conta realmente até sairmos e tocarmos ao vivo. Só então percebemos como eram algumas coisas.”

Exaltação a Blaze Bayley

Curiosamente, Steve garante não ter reparado em nada diferente durante os ensaios. E fez questão de elogiar o desempenho do ex-colega.

“O estranho é que Blaze estava realmente confiante quando estávamos ensaiando. Talvez houvesse um problema ou dois aqui e ali em alguma música ao vivo. Mas, em geral, ele lidou com isso muito bem.”

Protegendo o pupilo – que era sua opção prioritária desde a confirmação da saída de Bruce –, Harris finaliza:

“As coisas são o que são, eu suponho. Em retrospecto, você pode fazer todo tipo de coisa, mas o importante é que Blaze ajudou a manter a banda viva durante aquele período. Então, devemos muito a ele.”

Iron Maiden e o retorno de Bruce Dickinson

Blaze Bayley saiu após o fim da turnê de “Virtual XI”, que se encerrou na América do Sul. No dia 10 de fevereiro de 1999, Bruce Dickinson teve seu retorno confirmado, resgatando o guitarrista Adrian Smith junto – os dois já trabalhavam em parceria na carreira solo do vocalista.

Desde então, seis álbuns de estúdio foram lançados, todos com grande sucesso. O mais recente, “Senjutsu”, saiu em 2021. A banda retorna ao Brasil em dezembro para dois shows no Allianz Parque, em São Paulo. As apresentações, nos dias 6 e 7 do último mês do ano, terão o Volbeat como atração de abertura.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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