O Creedence Clearwater Revival decidiu encerrar suas atividades de forma definitiva em 1972. A história dos irmãos Fogerty e dos problemas enfrentados por todos os envolvidos ao longo das décadas não é novidade, mas o fato de a banda ser considerada a maior dos Estados Unidos até hoje, certamente, não é esperado.
A avaliação é da Rolling Stone, com base em análise das últimas semanas da principal parada de álbuns dos Estados Unidos, a Billboard 200. A publicação apontou que a coletânea “Chronicle: The 20 Greatest Hits”, lançada em 1976, está de forma contínua entre as posições número 30 a 40 do ranking.
Trata-se de um feito notório, pois deixa para trás nomes de destaque do pop atual, como Ariana Grande e outros. Grupos clássicos a exemplo de Beatles, Rolling Stones e Queen, cujas compilações também figuram frequentemente no chart americano, também estão sendo desbancados.
A publicação destaca que não há nenhum filme ou mesmo viral de TikTok no momento que justifique o interesse na música do Creedence. É um caso diferente do ressurgimento de, por exemplo, Kate Bush com “Running Up That Hill” — faixa presente na série “Stranger Things”, da Netflix. O sucesso retomado do CCR parece ser totalmente “orgânico”, o que torna o caso ainda mais único.
A compilação “Chronicle” tornou-se a preferida dos ouvintes casuais por ser uma coletânea de singles. Quando o disco foi lançado, o grupo havia acabado há 4 anos, mas mesmo assim os resultados comerciais foram bons, com direito a um 2º lugar na Nova Zelândia e um 8º nos Países Baixos.
O fim do Creedence Clearwater Revival
A história do Creedence Clearwater Revival é cheia de reviravoltas. Nos anos 1960, eles foram considerados a resposta americana aos Beatles e tiveram grande sucesso. As atividades foram encerradas em 1972, por questões envolvendo direitos autorais e brigas, principalmente entre os irmãos Tom (guitarra) e John Fogerty (vocal e guitarra).
John seguiu em carreira solo, mas também teve um período afastado da música enquanto toda a burocracia envolvendo os ex-membros do CCR corria. Depois de quase 50 anos de brigas na Justiça, especialmente com o executivo Saul Zaentz e representantes, Fogerty assumiu em 2023 o controle do catálogo do grupo, majoritariamente composto por ele.
Tom Fogerty morreu em 1990, acabando com a possibilidade de uma reunião total do Creedence. Já os outros integrantes, Stu Cook (baixo) e Doug Clifford (bateria) fundaram em 1995 o Creedence Clearwater Revisited, uma espécie de “tributo oficial” ao CCR. A banda permaneceu na ativa até 2020, quando a turnê de despedida foi interrompida pela pandemia de covid-19.
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