Paul Di’Anno gravou os dois primeiros álbuns do Iron Maiden, mas não foi o vocalista original da banda. Antes dele, dois outros cantores ocuparam o posto: Paul Mario Day – que posteriormente cantaria no Sweet – e Dennis Wilcock – responsável por incorporar alguns dos elementos dramáticos e de efeitos especiais que fazem parte dos shows do grupo até hoje.
Só então, coube a Paul Andrews (seu nome de batismo) empunhar o microfone e participar da ascensão da Donzela de Ferro rumo ao posto de uma das atrações mais bem-sucedidas do heavy metal britânico. Em entrevista ao Misplaced Straws, o próprio contou como tudo teve início.
Ele disse, mencionando o baixista e líder do grupo:
“Bem, Steve Harris estudou na mesma escola que eu. Ele é alguns anos mais velho e estava procurando um cantor. A banda teve outros dois antes, Paul Day e Dennis Wilcock. Eu conhecia Paul Day, todos nós meio que morávamos na mesma área. Um amigo em comum, Trevor Soll, disse que o Maiden estava procurando vocalista e perguntou se eu gostaria de tentar.”
Não tão empolgado com o Iron Maiden
Inicialmente, Paul Di’Anno confessou não ter se entusiasmado, especialmente por conta do background musical diferente. Ele disse:
“Eu estava mais interessado em música punk, para ser honesto com você. Mas fui para o teste mesmo assim. Inventei a letras para um cover de uma música chamada ‘Dealer’, do Deep Purple. Após a audição, Steve foi até minha casa tarde da noite e perguntou: ‘Paul, você quer a vaga?’ Respondi que sim.”
Ainda assim, Paul reconhece que não sentiu como se tivesse encontrado algo tão importante quanto pode parecer hoje. O cantor afirma:
“Eu não estava tão entusiasmado, para ser honesto com você. Só quando fui à casa de Steve algumas semanas depois e ele tocou para mim o material que estaria no primeiro álbum do Iron Maiden, que pensei: ‘Uau, isso é fantástico’.”
Paul Di’Anno, vida e obra
Paul Di’Anno gravou os álbuns “Iron Maiden” (1980) e “Killers” (1981), saindo para a entrada de Bruce Dickinson. Seu primeiro projeto após deixar a banda foi o Di’Anno, com sonoridade mais comercial. O nome foi reaproveitado na virada do século, com uma banda formada apenas por instrumentistas brasileiros.
A seguir fundou o Battlezone, com sonoridade mais pesada. O grupo existiu entre 1985 e 1989, retornando brevemente em 1998. Na sequência veio o Killers, que teve no álbum “Murder One” (1991) o trabalho mais elogiado do vocalista fora do Maiden.
Também gravou e excursionou com Gogmagog, Praying Mantis, Scelerata e Architects Of Chaoz, entre outros. Atualmente, participa do Warhorse, com músicos croatas, aproveitando sua estadia no país para tratamento visando readquirir independência de locomoção.
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