Por que Eddie Vedder cresceu com dois nomes diferentes

Nenhum dos dois é o usado atualmente pelo vocalista do Pearl Jam, que remete ao nome de solteira da mãe

Quando nasceu, Eddie Vedder foi batizado Edward Louis Severson III, seguindo a linhagem do avô paterno e de seu pai, Edward Louis Severson Jr. Quando sua mãe, Karen Lee Vedder se divorciou, os dois passaram a morar com Peter Mueller, que se tornaria padrasto do jovem.

A partir de então, o garoto passou a ser chamado Edward Mueller, embora o nome de registro não tenha sido alterado. Ele acreditava que Peter era seu pai biológico. A esta altura, Severson já havia falecido.

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A verdade veio à tona já na adolescência. O episódio acabou inspirando parcialmente a letra de “Alive”, música que o tornaria conhecido mundialmente.

Como não é de se estranhar, o evento causou um furacão na vida do rapaz. Solitário e precisando conciliar escola com o trabalho, Eddie se sentia uma pária. A boia de salvação era a música, onde decidiu concentrar forças. Também adotou um terceiro e definitivo nome: Eddie Vedder, se valendo do sobrenome de solteira da mãe.

Posteriormente, concluiu o ensino médio através de um supletivo e até começou a faculdade. Paralelamente, trabalhou como atendente de farmácia, segurança de hotel e garçom, entre outros empregos, para poder se sustentar. Mas o foco estava centrado no objetivo que havia estabelecido no ramo artístico.

A entrada no Pearl Jam e o “reencontro” com o pai

Eddie começou a carreira musical nos anos 1980, participando de bandas como Indian Style, Surf and Destroy, The Butts e Bad Radio. Encontrou o sucesso mundial quando se juntou ao Mookie Blaylock, que mudaria o nome para Pearl Jam. Uma das bandas mais importantes da cena rock da década de 1990, vendeu mais de 60 milhões de discos em todo o mundo até hoje.

Lançou três discos solo. O mais recente, “Earthling” (2022), contou com registros de vozes de seu pai que só lhes foram entregues em 2014. À época, o cantor gravou um vídeo onde conversa com Steve Gleason, um ex-jogador de futebol americano que hoje luta contra a doença de Lou Gehrig e se comunica por um computador.

Na ocasião, o artista foi perguntado sobre o que gostaria de saber sobre o pai. E respondeu:

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“Essa é uma ótima pergunta, e vindo de você… eu não poderia apreciar mais. A primeira coisa que vem à mente por não tê-lo conhecido de verdade, ou não ter tido a oportunidade de conhecê-lo, eu acho que no fundo eu só teria gostado de saber se, sabe, se ele me amava e quanto. Eu acho que ele me amava. Mas, outra coisa que seria ótima seria ter alguém do meu próprio sangue me ensinando como seria crescer e ser um homem, um bom homem.

Eu acho que tive que descobrir essas coisas sozinho e acho que alguma orientação poderia ter ajudado. E provavelmente não há ninguém em quem você confie mais do que no seu pai. Então quando a adolescência chegou, eu não confiava em nenhum adulto. Tinha dificuldades com todos os adultos naquela época. Eu acho que ele poderia ter me ajudado com algumas dessas coisas.”

A seguir, conta como as gravações recém haviam chegado ao seu conhecimento, lhe permitindo ouvir a voz do pai pela primeira vez.

“Mas, sabe, alguém acabou sendo muito gentil, e é uma história muito longa como isso tudo acabou, mas acabou comigo fazendo 4 músicas para ele dizendo isso. E eu só ouvi a sua voz pela primeira vez no mês passado. E, a parte legal… digo, soava bem, a produção era boa, sua voz soava ótima. Foi meio que, sabe, provavelmente no começo dos anos 70, meio que no final dos ‘crooners’ e soava como se ele estivesse indo mais na direção do Folk, algo mais Gordon Lightfoot, meio ‘Wichita Lineman’.

Mas a coisa mais legal, Steve, é que ele era realmente bom pra c*ralho. Então eu fiquei muito orgulhoso dele. E, sabe, eu queria que ele estivesse aqui agora e gosto de pensar que ele estaria orgulhoso de mim. E agora eu sinto orgulho dele, o que é algo muito legal.”

Eddie Vedder também colaborou com várias trilhas sonoras. Ainda participou de álbuns do Temple Of The Dog, Bad Religion, Neil Young, Ramones e The Who, entre outros.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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