Não é de hoje que alguns artistas têm se mostrado contra as ideias do ex-presidente americano Donald Trump, candidato novamente na eleição deste ano. Um dos mais ferrenhos críticos dele no meio do rock é o cantor Sebastian Bach, que voltou a discutir com fãs no X/Twitter sobre o tema — e chegou a pedir para que um deles pare de ouvir sua música.
Uma pessoa comentou em uma publicação de Bach dizendo que não suporta suas opiniões políticas, mas gosta dele e de sua música, e que isso o deixa dividido. O ex-Skid Row respondeu de forma bem direta, inclusive citando J.D. Vance, senador republicano que é candidato a vice-presidente na chapa de Trump.
Sebastian disse ao fã:
“Então você confia em J.D. Vance para comandar você e o seu país? Por favor, pare de ouvir minha música.”
A partir daí, como é comum na rede social, outras pessoas chegaram à discussão, que tomou proporções maiores. Uma fã mandou um texto mais longo para Bach para expressar que discorda de sua posição e prometer parar de escutar a obra do artista. Ela disse:
“Bem, isso é decepcionante. Te apoiei por toda a sua carreira. Mas se você prefere ver crianças americanas serem assassinadas por aliens ilegais, antissemitismo, a vontade do povo subvertida enquanto as elites instalam uma candidata a presidente sem um voto, homens em esportes de mulheres, Terceira Guerra Mundial, etc, então tudo bem. Vou parar de escutar sua música.”
A resposta veio mais curta. Bach disse: “se você prefere uma ditadura do que uma democracia, então você pode…”, seguido de uma foto dele próprio onde mostra o dedo do meio.
Em interação com outro fã, que tem opiniões parecidas com a do cantor, ele explicou sua visão e declarou apoio à candidata do partido Democrata, Kamala Harris. Bach afirmou:
“Eu amo o conceito de democracia. Não gosto mesmo de ditaduras. Gosto do conceito de crianças estando seguras na escola ou em uma parada de 4 de julho (dia da independência dos Estados Unidos). Salvar o planeta Terra para que nossos filhos vivam nele. Mulheres no controle de seus próprios corpos. Coisas estranhas como essas. #CarasBrancosComHarris”
No dia seguinte à discussão, Bach ainda compartilhou um vídeo de Trump e criticou o ex-presidente americano por falas consideradas racistas sobre Kamala Harris. O vocalista escreveu:
“Se você consegue assistir isso e dizer: ‘vou votar nisso’, você deveria dar descarga na sua própria cabeça no banheiro.”
Na ocasião, Trump havia questionado a origem de Harris. Ele disse:
“Não sabia que ela era negra, até alguns anos, quando ela passou a querer ser conhecida como negra. Porque ela era indiana a todo o tempo e de repente se tornou uma pessoa negra.”
Sebastian Bach vs. Donald Trump
As críticas de Sebastian Bach a Trump e seus apoiadores são antigas. Em 2020, antes de o então presidente perder a eleição para o atual ocupante do cargo, Joe Biden, o vocalista disse, também no X/Twitter, que apoiar Trump é ir contra o rock and roll.
“Se você apoia Donald Trump, você está contra o rock n’ roll e todo músico americano que foi deixado de fora de seu trabalho (durante a pandemia de covid-19) por causa de um apresentador de reality show na TV que não acredita na ciência (em referência à vacinação).”
A postagem gerou burburinho parecido, com fãs apoiadores de Trump rebatendo e sendo xingados por Bach. Naquela época, sobrou até para Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, que tentou colocar “panos quentes” na discussão ao declarar que ninguém devia seguir cegamente um único partido.
A ele, Sebastian respondeu:
“Eu te amo mais do que posso expressar em palavras, mas apenas um idiota votaria em Donald Trump em novembro.”
A eleição presidencial nos Estados Unidos acontece no dia 5 de novembro de 2024. Depois de perder a reeleição, Donald Trump, do partido Republicano, tenta voltar ao poder. O atual ocupante da cadeira, Joe Biden, abandonou a disputa por motivos de saúde. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, assumiu seu lugar e pode ser a primeira mulher a comandar os EUA.
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