Os 3 clássicos do Pink Floyd que David Gilmour não tocará mais ao vivo

Sem surpresas, músicas possuem uma conexão quase umbilical com a vida e obra de Roger Waters

David Gilmour já havia anunciado em recentes entrevistas que a turnê promovendo o álbum solo Luck and Strange contaria com um repertório diferenciado. Em suma, o músico não deve incluir muito material do Pink Floyd nos setlists dos shows, priorizando os próprios discos.

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Três canções certamente não farão parte do repertório. O guitarrista e vocalista falou à revista Mojo sobre o assunto e decidiu abrir o jogo para que o público não se sinta enganado caso pretenda ir a alguma apresentação em busca das composições em questão.

Ele começou explicando, conforme repercussão da Classic Rock:

“Há músicas do passado que não me sinto mais confortável cantando. Eu amo ‘Run Like Hell’. Amava a música que criei para ela, mas tudo aquilo de (canta) ‘É melhor você correr, correr, correr…’ Agora acho tudo isso um tanto, não sei… um pouco assustador e violento.”

Recentemente, a música de “The Wall” (1979) causou polêmica na turnê “This is Not a Drill”, de Roger Waters. O baixista e vocalista foi acusado de antissemitismo por conta de entrar em cena trajando um uniforme semelhante ao dos nazistas – algo que faz desde os anos 1980. A ideia era representar a transformação do personagem Pink, que se revolta contra o mundo neste momento da obra conceitual.

David Gilmour e as músicas de Roger Waters

A seguir, Gilmour menciona outras duas obras que estão intimamente ligadas ao ex-colega e eterno desafeto. A começar pelo maior hit comercial da carreira do Floyd.

‘Another Brick in the Wall’ é outra que não tocarei. Não acho que tenha feito isso com minha própria banda, mas certamente fiz isso no Pink Floyd pós-Roger, contra meu melhor julgamento. O mesmo com ‘Money’. Não vai rolar.”

Sendo assim, quais clássicos do grupo o público pode esperar conferir nos concertos? O próprio enumera:

“Vou ficar com aquelas que são essencialmente minha música e das quais sinto alguma propriedade. ‘Comfortably Numb’, ‘Wish You Were Here’, talvez ‘Shine On You Crazy Diamond’…”

“Echoes” também ficará de fora

Anteriormente, Gilmour já havia dito que “Echoes” era outra música que estava “aposentada” de seu repertório. A morte do tecladista Richard Wright, em 2008, fez com que o guitarrista repensasse a inclusão da música em seus shows – já que, segundo David, tocar a faixa sem o colega não é a mesma coisa.

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A revelação foi feita, de acordo com o site Far Out Magazine, em uma entrevista concedida antes do show em 2016 que marcou seu retorno ao anfiteatro de Pompeia, mesmo local onde o Pink Floyd gravou “Live at Pompeii”. O guitarrista lançou um álbum ao vivo registrado naquela nova ocasião, com o mesmo título do anterior, em 2017.

Perguntado se iria tocar “Echoes” no novo show, em busca de recriar a mesma sensação do clássico ao vivo de 1972, David Gilmour respondeu:

“Sim, seria ótimo tocar ‘Echoes’ aqui, mas eu não faria isso sem Rick.”

Em seguida, ele explicou que, mesmo musicalmente, pareceria errado executá-la com outro tecladista no lugar de Richard Wright.

“Há algo especificamente tão individual na maneira como Rick e eu tocamos que você não consegue que alguém aprenda e faça assim. Não é disso que se trata a música.”

“Luck and Strange”, o álbum e a turnê

David Gilmour lançou o álbum solo “Luck and Strange” no último dia 6 de setembro. O trabalho conta com nove faixas – além de duas bônus para a versão em CD. Além de Polly Samson, o músico trabalhou com o co-produtor Charlie Andrew (Alt-JMarika Hackman).

Outros colaboradores incluem Guy Pratt (músico frequente do Pink Floyd), Steve Gadd e Roger Eno, entre outros. A capa é de Anton Corbijn e foi inspirada em uma letra escrita por um dos filhos de Gilmour, Charlie, para a faixa final do álbum, “Scattered”.

Há outros familiares envolvidos: Romany Gilmour toca harpa e faz vocais principais em “Between Two Points” (cover de Montgolfier Brothers), enquanto Gabriel Gilmour canta backing vocals no geral.

A turnê terá um formato diferente, ao menos em seu princípio. Ao invés de viajar com frequência, a banda fará séries de shows em poucos locais. De 27 de setembro a 3 de outubro, o grupo terá Roma, Itália, como sede. Entre 9 e 15 de outubro, Gilmour tomará conta do palco do lendário Royal Albert Hall em Londres, Inglaterra.

Os derradeiros compromissos até o momento se darão nos Estados Unidos. Em 25 de outubro, o músico toca em Inglewood, Califórnia, arredores de Los Angeles. A cidade de LA recebe o giro nos dias 29, 30 e 31 do mês. Fechando de vez a agenda, de 4 a 10 de novembro é a vez do Madison Square Garden, em Nova York.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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