As 4 regras impostas pelo Guns N’ Roses a quem queria entrevistá-los

Com o sucesso alcançado, banda acabou se tornando extremamente reclusa e avessa à imprensa

A maior parte das entrevistas do Guns N’ Roses foi concedida à época de Appetite for Destruction (1987). Com o sucesso, o grupo se tornou avesso a exposições além do produto musical. Após a atual reunião, para se ter uma ideia, a única entrevista televisiva foi concedida à brasileira Rede Globo – e veiculada no “Fantástico”.

Uma matéria do jornal australiano The Age/Independent, publicada em 1991, forneceu uma lista de regras impostas pela banda em relação a matérias. O material foi resgatado pelo fansite A4D.com e mostra quatro exigências redigidas em um contrato de duas páginas. Todos os jornalistas eram obrigados e assinar, se comprometendo.

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São elas, conforme transcrito:

“1. O Guns Ν’ Roses manteria a aprovação e a propriedade dos direitos autorais de qualquer “artigo, história, transcrição ou gravação” conectado à entrevista;

2. teria o direito de veto sobre qualquer promoção da história;

3. e seria indenizado por quaisquer danos ou responsabilidades resultantes dela;

4. A banda também seria dona de quaisquer fotografias tiradas da banda.”

Ainda assim, veículos gigantes como o jornal Los Angeles Times e a revista Rolling Stone se recusaram a consentir com o acordo, que permitiria ao grupo escrever sua própria história.

Guns N’ Roses contra a imprensa

À publicação australiana, Slash – que não parecia muito a fim de esconder suas práticas da época – explicou a situação. Ele disse:

“Fizemos isso porque estávamos sempre f….. por aí. Todo mundo atirava em nós e inventava histórias. Eles nos pegaram. Então pensamos: ‘nós realmente não precisamos mais de vocês. Então, se você vai ser legal, assine o contrato. Se não for, cai fora’.”

Ainda assim, o guitarrista admite que a versão original foi modificada após as recusas.

“Nós o modificamos quando percebemos que havia certas pessoas com quem queríamos falar, afinal. O problema do nosso relacionamento com jornalistas musicais é que eles não escrevem muito sobre nossa música.”

O problema com a mídia foi relatado em uma música do álbum “Use Your Illusion I” (1991). “Get in the Ring” mencionava nominalmente os seguintes críticos e publicações: Andy Secher (Hit Parader), Circus Magazine, Mick Wall (Kerrang!) e Bob Guccione Jr. (Spin).

As exigências do Led Zeppelin

O Led Zeppelin também tinha seu pequeno livro de regras para entrevistas, sempre apresentadas pela assessora Janine Safer. As normas, datadas de 1977, foram reveladas por Steve Rosen em um artigo publicado em 2007 no site Ultimate Guitar, resgatado pelo Rock and Roll Garage.

Regra 1: “Nunca fale com ninguém na banda, a menos que primeiro fale com você”.
Regra 1A: “Não faça nenhum tipo de contato visual com o baterista John Bonham. Isso é para sua própria segurança”.

Regra 2: “Não fale com o empresário Peter Grant ou com o tour manager Richard Cole – por qualquer motivo”.

Regra 3: “Mantenha o toca-fitas desligado o tempo todo, a menos que esteja realizando a entrevista”.

Regra 4: “Nunca faça perguntas sobre qualquer coisa que não seja música”.

Regra 5: “Mais importante, entenda isso – a banda vai ler antes o que foi escrito sobre eles. A banda não gosta da imprensa e nem confia nela”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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