Por que James Hetfield não gostava de Rage Against the Machine e Limp Bizkit

Ainda assim, Metallica excursionou com a banda de Fred Durst após uma série de farpas pela mídia

Algumas bandas geraram reações bastante contrárias na cena heavy quando surgiram. O Rage Against the Machine foi uma delas, especialmente por sua mistura de elementos do rap com o som pesado – além do óbvio conteúdo carregado de mensagens políticas que deixou parte do público desconfortável.

O movimento nu metal como um todo também gerou reação de repulsa. Mas assim como acontece com quase toda novidade, o tempo tratou de colocar as coisas em seu devido lugar e o respeito imperou da parte da maioria.

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Ainda assim, em 2001, James Hetfield não se furtou de externar seu desprezo. Em entrevista à Playboy, resgatada pelo Far Out Magazine, o frontman do Metallica declarou:

“O Limp Bizkit parece um pouco cartunesco para mim. Não gosto de um cara gritando. Como Rage Against the Machine — não era alguém cantando, apenas um cara meio p*to com as coisas, dizendo a opinião dele.”

Lars Ulrich compartilhava da sensação quanto ao Limp Bizkit. Em 1999, ao fanzine oficial So What!, o baterista chegou a declarar:

“Só de pensar no boné vermelho do Fred Durst eu fico muito hostil. Ele é falso e eu detesto gente falsa. O Limp Bizkit é o Mötley Crüe dos anos 90.”

A raiva não tinha apenas a ver com a música. Quando da disputa com o Napster, o vocalista do Limp Bizkit apoiou o sistema, enquanto o dinamarquês brigou ferrenhamente para impedi-lo.

Metallica e Limp Bizkit em turnê conjunta

Ainda assim, em 2003, Metallica e Limp Bizkit uniram forças na segunda edição da turnê “Summer Sanitarium”, que também contou com Linkin Park, Deftones e Mudvayne. À época, Hetfield precisou se justificar junto aos fãs e à mídia. Ele disse ao Daily Variety, conforme repercussão da Folha:

“Queríamos tocar em estádios no verão (americano) e precisávamos de mais gente além de nós para encher os locais.  Era necessário bandas disponíveis, que estivessem lançando discos e que quisessem fazer esse tipo de show. A razão para a existência do Metallica é tocar ao vivo, e acho que essa é uma característica comum a todas essas bandas.”

Um porta-voz ainda afirmou que as rixas eram águas passadas e a banda tinha muito respeito por todas as outras atrações da turnê.

Com 21 shows na América do Norte, a “Summer Sanitarium 2003” marcou a estreia de Robert Trujillo como baixista do Metallica, em substituição a Jason Newsted. A arrecadação com a venda de ingressos superou os US$ 48 milhões – mais de US$ 82 milhões na correção de valores.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

3 COMENTÁRIOS

  1. Bom foi ver o Limp Bizkit fazendo uma versão foda de Sanitarium e o Lars de pé curtindo, naquele show em homenagem ao aniversário do Metallica. O Fred tem o agravante de ter destruído o Woodstock 99, os caras da cena ficaram putos com ele kkkkkk

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