As raízes do Opeth, como os fãs sabem, estão no death metal. Todo o processo de construção da banda liderada por Mikael Åkerfeldt foi organizado dentro do estilo.
Com o passar dos anos, elementos externos foram adicionados e hoje fica até difícil encaixá-los em uma subdivisão apropriada. O melhor a fazer é dizer que o som do grupo é… Opeth.
Ainda assim, Åkerfeldt não esqueceu do que ouviu na adolescência. Entre eles, está uma banda brasileira que também começou no gênero e se prolongou para outros lados: o Sepultura. E apesar de gostar, o sueco admite que o produto nacional não era exatamente um exemplo de qualidade à época.
Disse o vocalista e guitarrista à mais recente edição da Metal Hammer:
“Eu ouvi ‘Schizophrenia’ e ‘Morbid Visions’ do Sepultura, mas… por mais que eu ame esses discos, é um pouco desleixado demais!”
A melhor banda de death metal segundo Mikael Åkerfeldt
Deste modo, na hora de mencionar a melhor banda de death metal de acordo com seu gosto, Mikael recorreu a um nome lendário, mencionando seu álbum de estreia.
“No final das contas, a melhor banda de death metal de todos os tempos é o Morbid Angel. ‘Altars of Madness’ tinha tudo o que eu queria daquela música – a sonoridade, mas também uma intensidade que buscava… além dos melhores vocais nesse estilo que já ouvi. David Vincent é melhor que Chuck [Schuldiner, fundador do Death]. E Chuck também é f*da! David Vincent é o rei do death metal e eu moldo meus próprios vocais a partir dele.”
Também presente na conversa, Fredrik Åkesson concordou com a escolha do colega. O guitarrista afirma:
“Tenho que concordar com Mikael, Morbid Angel foi o melhor. Eu também amei o álbum ‘Domination’ e a música ‘Where The Slime Lives’.”
Álbuns do Sepultura regravados por Max e Iggor Cavalera
Mencionados por Åkerfeldt, “Morbid Visions” (1986) e “Schizophrenia” (1987) foram regravados recentemente por Max e Iggor Cavalera – assim como o EP de estreia, “Bestial Devastation” (1985). A ideia foi dar uma produção mais adequada ao material, à época registrado da forma que era possível em estúdios primitivos.
O próprio Sepultura ainda inclui uma ou outra música desse período nas turnês, como a atual “Celebrating Life Through Death”, que marca sua despedida dos palcos. De “Bestial…” e “Morbid…”, apenas o baixista Paulo Xisto Júnior segue na formação. O guitarrista Andreas Kisser estreou em “Schizophrenia”, substituindo Jairo Guedz.
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