Nos últimos anos, a prática do preço dinâmico para ingressos de eventos artísticos se popularizou nos Estados Unidos e Europa. O método se dá a partir do aumento de valores de acordo com a demanda popular e vem gerando uma série de reclamações entre os fãs, além de causar um caos nas filas virtuais.
No Brasil, a prática inexiste, conforme reportagem da BBC. De acordo com a assessoria de imprensa da Ticketmaster, o sistema de preços dinâmicos não é aplicado por conta de normas do país que exigem a divulgação prévia dos valores de ingressos. Ainda assim, vendas de passagens e hospedagens em hotéis se valem da proposta.
Entre os artistas mais criticados, Taylor Swift reconsiderou o recurso. Bruce Springsteen e Oasis o mantiveram.
Em entrevista à revista Rolling Stone, The Boss justificou que a maioria das entradas estava em uma faixa acessível. Também alegou estar cansado de ver revendedores ganhando mais. Por isso, decidiu igualar seus preços.
“Eu pensei: ‘ei, por que este dinheiro não vai para as pessoas que estarão lá suando três horas por noite?’.”
“Não gosta dos preços? Não compre”
Ferrenho defensor das práticas capitalistas, Gene Simmons também não se incomoda com a dinâmica. À Forbes, o baixista e vocalista do finado Kiss declarou:
“Seja qual for o sistema de preços, é tudo técnico. Alguém se senta em uma sala e tenta calcular até onde o elástico pode se esticar. Se você não estiver vendendo os ingressos, adivinhe o que acontece? O preço cai. Capitalismo! Vote com o seu dinheiro. Você não gosta dos preços dos ingressos? Não compre.”
Ainda assim, a polêmica deve prosseguir. Após a repercussão no caso Oasis, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer prometeu tomar as rédeas da situação, ecoando uma preocupação da administração Joe Biden nos Estados Unidos. No entanto, o apoio dos artistas à prática será um obstáculo. Aguardemos os próximos capítulos.
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